Consciência

Roubo paralisa projeto social de tatuadora em Curitiba; Veja vídeo

O projeto “Cores que acolhem”, da tatuadora curitibana Bárbara Nhiemetz, está parado. E não é por falta de vontade e, sim, por conta de um furto que aconteceu na última sexta-feira (26), por volta das 7h30. Do local, o bandido levou tintas, máquinas para tatuar e objetos pessoais. De acordo com ela, o prejuízo é de R$ 5 mil.

“Eu cheguei com duas clientes por volta das 10h e já notamos que o local estava esquisito. Quando entramos, vi que todas as tintas que eu uso para cobertura de cicatrizes e outras tatuagens, foram levadas. Não está sendo fácil, já que são produtos caros e que eu uso todos os dias”, desabafou.

O bandido foi flagrado por câmeras de segurança do estabelecimento e não mediu esforços para entrar no local. O homem escalou mais de seis metros e saiu tranquilamente com um violão, que era presente de aniversário para o filho de Bárbara, e com os outros produtos.

Suspeito precisou escalar seis metros para chegar à janela em que entrou. Foto: Colaboração
Suspeito precisou escalar seis metros para chegar à janela em que entrou. Foto: Colaboração

Com a intenção de arrecadar dinheiro, a tatuadora criou um FlashDay – tatuagens rápidas e com preços fixos – no dia 10 de fevereiro. O evento acontece na Rua Visconde do Rio Branco 1833, loja D, no Centro de Curitiba, a partir das 9h da manhã. Serão tatuagens com valores a partir de R$150. Para maiores informações, é preciso entrar em contato com a página “Bárbara Ink Tatto”, no Facebook, ou através do 41 9 91050288.

O projeto

“Cores que acolhem” surgiu quando Bárbara estava com o filho, recém-nascido, doente. Depois de passar dias no hospital, ela resolveu “fazer alguma coisa para ajudar”. Foi aí que a ideia do projeto apareceu. Além do filho, outra motivação foi a mãe, que teve câncer de mama, e deu o maior apoio ao projeto, que é gratuito e faz muitas mulheres voltarem a sorrir.

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“O projeto ’Cores que acolhem’ tem a intenção de resgatar a autoestima das pacientes que tiveram câncer de mama. Algumas vêm para fazer a reconstituição do mamilo através da técnica 3D, ou até mesmo cobrir alguma cicatriz. Elas têm toda a questão emocional, porque o câncer abala muito, e quando elas entram aqui eu sempre falo: olha essa cicatriz, porque é a última vez que você vai ver ela assim”, contou a tatuadora.

Bárbara trabalha para ajudar pacientes que sofreram com câncer de mama. Foto: Gerson Klaina
Bárbara trabalha para ajudar pacientes que sofreram com câncer de mama. Foto: Gerson Klaina