Loucura

Representante comercial mata a esposa e se mata em seguida

“Avisa as pessoas que amanhã vai acontecer o meu funeral.” Foi uma das últimas frases ditas pelo representante comercial Carlos Eduardo Brito Haas, 38 anos, para a mãe dele, ao telefone. Ele matou a esposa, Simonne Terezinha Fernandes Freiberger, 39, com um tiro na cabeça, e se matou da mesma forma. O crime aconteceu por volta de 13h, na casa onde moravam há pouco mais de dois meses, na Rua José Beira da Silva, Vila Santa Tereza, em Colombo.

Na mesa da cozinha, havia um copo com veneno e a casa estava toda revirada. Segundo a suspeita de alguns policiais, Carlos havia tomado veneno e o produto ainda não teria causado o efeito, por esse motivo usou a arma. Ela ficou caída no sofá e ele no chão da sala.

Caixão

Diva Brito, mãe de Carlos, contou que o casal estava junto há sete anos. “Sabia que ele estava bebendo demais e, na última vez que eles brigaram, eu disse para ela não voltar, pois sentia que meu filho não estava bem”, lembrou. Conforme relatou, por volta de meio-dia o filho lhe telefonou, dizendo que ia se matar. “Ele tinha feito isso outras vezes, por isso não dei bola. Ele disse que era para eu convidar os amigos para o funeral. Até brinquei perguntando que cor ele queria o caixão”, disse Diva.

Ela só se deu conta que não era brincadeira quando a nora pegou o telefone e pediu que ela chamasse a polícia. “Saí de casa às pressas e, quando cheguei com a polícia, eles já estavam mortos”, completou.

Policiais militares do 17.º Batalhão isolaram a casa. “Nesse caso não tem muito o que investigar. Um crime passional que coloca fim em uma história de amor”, disse o soldado Filho. Simonne era professora de educação física da Prefeitura de Curitiba e tinha dois filhos do primeiro casamento. Carlos não tinha filhos e trabalhava com compra e venda de produtos diversos.