Visão comprometida

“Relógio me salvou de levar um tiro na cara”, diz sobrevivente baleado por policial federal em Curitiba

"Botei a mão na frente, a bala pegou no meu relógio, relou no punho, e o estilhaço do relógio voou tudo no meu olho", relatou Eduardo.
"Botei a mão na frente, a bala pegou no meu relógio, relou no punho, e o estilhaço do relógio voou tudo no meu olho", relatou Eduardo. Foto: Reprodução.

Uma das vítimas dos disparos do policial federal Ronaldo Massuia Silva, em um posto de gasolina de Curitiba no último domingo (1°), o motorista de aplicativo Eduardo Pribbnow acredita que um relógio o salvou de receber um tiro na cabeça. De acordo com ele, o policial chegou a disparar contra o seu rosto, mas o projétil teria pegado e desviado no relógio, ao Eduardo colocar uma das mãos sob o rosto.

“Foi me dar um tiro na cabeça… Botei a mão na frente, a bala pegou no meu relógio, relou no punho, e o estilhaço do relógio voou tudo no meu olho. Isso que me salvou de não tomar um tiro na cara”, contou o motorista em vídeo divulgado nas redes sociais. Na gravação, ele aparece deitado em uma cama de hospital, visivelmente abatido e com um dos olhos inchados. O estado de saúde de Eduardo é considerado estável. A visão do olho atingido pelos estilhaços foi comprometida.

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A namorada dele, Priscila de Almeida, que também trabalha como motorista de aplicativo, foi outra vítima dos tiros do policial federal. Ela levou três tiros: no ombro, em uma perna e no abdome. Segundo o casal, eles estavam aproveitando um intervalo no trabalho para comer um lanche na loja de conveniência do estabelecimento.

“Parei para comer alguma coisa após o trabalho e, do nada, escutei os tiros. Ele veio atirando em todo mundo e eu fui atingida três vezes, no ombro, em uma perna e no peito. O do peito machucou meu pulmão. Meu namorado também levou três tiros e está com perigo de perder a visão de um olho. Vi um rapaz morrer na minha frente”, relembrou Priscila. O estado de saúde dela é estável.

Vaquinha online

O casal está com uma vaquinha online para ajudar nos tratamentos, bem como manter a renda de Priscila e Eduardo, que trabalhavam como motoristas de app. O link para ajudar é este.

Foto: reprodução / vídeo.

Relembre o caso

Segundo a Polícia Militar, a confusão teria começado depois que o policial federal estacionou o carro em um local não permitido, em um posto de gasolina no bairro Cristo Rei, em Curitiba, na noite do último domingo. Houve uma briga entre o atirador e outras pessoas, incluindo um segurança do posto, em seguida ocorreram os disparos.

O policial apresentava sinais de embriaguez, o que não foi confirmado oficialmente. Além da pessoa que morreu na ambulância, outras três foram encaminhadas ao hospital. Foram cerca de dez tiros disparados na loja de conveniência. Em depoimento, ele disse que estava profundamente emocionado. Na terça-feira (03), a justiça negou liberdade e o policial segue preso.

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