Na corrida da imunização

Quantas pessoas precisam ser vacinadas para Curitiba ficar livre da pandemia? Prefeitura responde

Foto: Átila Alberti / Tribuna do Paraná.

A vacinação contra o coronavírus em Curitiba segue avançando em velocidade mais lenta do que se gostaria. Cerca de 22% da população foi vacinada com a primeira dose e 10,25% com a segunda. A prefeitura diz ter estrutura para vacinar muito mais pessoas por dia, mas, como ocorre em todo o Brasil, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) depende da chegada das doses distribuídas pelo Ministério da Saúde aos estados e das diretrizes do Programa Nacional de Imunização (PNI). Mas quantas pessoas precisam ser vacinadas para Curitiba estar segura e com a pandemia controlada? 

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, ninguém sabe exatamente o número. Estima-se que entre 70% e 80% precise ser vacinada para que Curitiba esteja segura. De acordo com a SMS, essa é a conta adotada em todos os países e a prefeitura de Curitiba acredita nos cálculos.

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Significa que o total de habitantes a serem vacinados seria em torno de 1,4 milhão de pessoas, considerando que Curitiba tem cerca de 2 milhões de habitantes de acordo com o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Até a última atualização do vacinômetro disponível no site da prefeitura, na quinta-feira (20), a capital paranaense tinha vacinado 452.977 mil pessoas (22,65%) com a primeira dose e 205.357 mil (10,25%) com a segunda dose. 

Segundo a Secretaria, os chamamentos para os grupos de pessoas serem vacinados continuará seguindo as orientações do Ministério da Saúde. A medida em que as novas doses vão chegando, a prefeitura vai organizando a vacinação. Segundo informou na quinta-feira (20) a superintendente de Gestão da Secretaria Municipal da Sapude, Flávia Quadros, Curitiba tem vacinas para garantir a segunda dose para quem tomou o vai tomar a primeira dose. Desde a semana passada, a prefeitura segue vacinando com primeiras doses os grupos de pessoas de 18 a 59 anos, com comorbidades. Também os professores e trabalhadores da Educação, conforme recomendação do governo do Paraná.

Vale ressaltar que o prefeito Rafael Greca (DEM) chegou a enviar um ofício ao Ministério da Saúde, no dia 11 de maio, solicitando que a fase três do programa nacional de imunização contra a covid-19 incluísse todas as pessoas com idades entre 50 e 59 anos, com ou sem comorbidades, na próxima etapa da campanha. A prefeitura informou que Greca ainda não foi respondido.

Dúvidas no agendamento da segunda dose

A pedido da reportagem, a prefeitura de Curitiba informou que os idosos com dúvidas sobre o agendamento da segunda dose da vacina do coronavírus devem ficar atentos à data anotada na carteira da vacinação para retorno. “Para a segunda dose da AstraZeneca, quem teve uma data anotada na carteira de vacinação, vai naquela data” explicou em nota a assessoria da Secretaria Municipal da Saúde.

Conforme explicou a prefeitura, caso não haja anotação, a pessoa poderá seguir o cronograma que a prefeitura vai anunciar em seu site nos meios de comunicação, quando chegar o momento da segunda dose. Isso vale para todos os tipos de vacinas, seja da Pfizer/BioNTech, Oxford/AstraZeneca e Sinovac/Coronavac.  

A prefeitura também informa que não há possibilidade de escolha da vacina que a pessoa vai tomar. De acordo com o diretor do Centro de Epidemiologia da Secretaria Municipal da Saúde, Alcides Oliveira, a orientação do Ministério da Saúde é que se faça a vacina que está disponível naquele local, naquele dia. “Por isso, nós estamos seguindo o plano e as orientações do Ministério da Saúde. Não sendo possível a escolha da vacina no momento”, ressaltou Oliveira.