Mais transparência

Projeto que obriga prefeitura a divulgar dados sobre radares será votado na CMC

Radar em Curitiba
Primeiro turno da votação do projeto de transparência do radares está marcado para terça-feira (29). Foto: Rodrigo Fonseca | CMC

A proposta de lei que pretende ampliar a transparência sobre os radares de trânsito e o uso do dinheiro arrecadado com multas em Curitiba será votada na próxima terça-feira (29), na Câmara Municipal de Curitiba (CMC).

De acordo com a proposta, a prefeitura da capital paranaense será obrigada a fazer a divulgação regular de dados dos equipamentos eletrônicos, os radares. O projeto também prevê uma revisão técnica anual para avaliar a permanência de cada dispositivo.

“A intenção é permitir que a população tenha acesso às informações e possa acompanhar o funcionamento e a finalidade desses equipamentos”, diz a justificativa do substitutivo geral. 

A votação do projeto que tramita desde 2022 na Casa será em primeiro turno. O texto que chegará ao plenário será uma terceira versão da regulamentação, um substitutivo geral apresentado neste mês.

Projeto quer que prefeitura divulgue dados sobre multas aplicadas em radares

A proposta inicial é da ex-vereadora e agora deputada estadual Flávia Francischini (União). Ao longo dos anos a regulamentação foi adotada pelos vereadores que integram a bancada do Novo na CMC: Amália Tortato (hoje licenciada), Guilherme Kilter, Indiara Barbosa e Rodrigo Marcial.

“É fundamental garantir que os recursos estejam sendo aplicados naquilo que a lei determina, de forma transparente”, afirma Kilter. Segundo o vereador, o segundo substitutivo geral é resultado de uma articulação com a Prefeitura de Curitiba. “A [nova] proposta substitui um projeto anterior e amplia seu escopo, ao incluir a exigência da revisão técnica dos equipamentos e dos relatórios sobre a aplicação dos recursos”, complementa.

A redação também estabelece que o Executivo deverá publicar, a cada três meses, uma tabela com o endereço de cada radar, o número de multas aplicadas mensalmente, o total por trimestre e a porcentagem que representa em relação ao total de infrações registradas. Além disso, o levantamento deverá conter um link com o estudo técnico que justificou a instalação do equipamento. O projeto ainda estabelece que os dados respeitem a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), garantindo o anonimato dos motoristas.

Outro ponto da proposta é a obrigatoriedade de revisão técnica anual dos radares. Segundo o substitutivo geral, essa avaliação deverá considerar a segurança viária e a real necessidade de manutenção do equipamento no local. Em caso de remoção ou mudança de endereço, a decisão deverá ser acompanhada de justificativa técnica baseada em estudos de engenharia de tráfego.

A proposta também trata do destino dos recursos arrecadados com as multas de trânsito. A Prefeitura deverá publicar relatórios trimestrais com detalhes sobre a aplicação dos valores, conforme o artigo 320 do Código de Trânsito Brasileiro, que determina o uso exclusivo desses recursos em ações de sinalização, fiscalização, engenharia e educação para o trânsito.

Se aprovada a matéria, o texto ainda precisará passar por uma segunda votação, na quarta-feira (29).

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