Investigado há mais de quatro anos pela Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) por pelo menos dez mortes na região sul de Curitiba, Everton Diogo de Souza, 20 anos, conhecido como “Mangalarga”, foi preso.
Segundo a polícia, ele foi reconhecido por testemunhas como o assassino de Alisson Luiz Souza de Oliveira, 25, em junho deste ano. “Através do reconhecimento das testemunhas no caso do Alisson, nós conseguimos a prova que ensejou que fosse decretada a prisão temporária dele”, comentou o delegado Renato Coelho, da DHPP.
No dia 4 de junho, Alisson andava de bicicleta, quando foi atingido por vários tiros. Segundo a polícia, quando percebeu que duas pessoas em um carro próximo testemunharam o crime, o assassino atirou mais de dez vezes na direção delas. Um homem de 21 anos foi baleado na perna. O motivo do homicídio teria sido uma dívidas de drogas.
Depoimentos
Durante os 30 dias da prisão temporária, conforme o delegado, vítimas de tentativa de homicídio e familiares de pessoas assassinadas serão chamados à delegacia para depor contra o suspeito.
Morador do bairro Tatuquara, que já esteve preso por tráfico de drogas e receptação, Everton, de acordo com a polícia, ameaçava moradores da região. “Nós solicitamos para que a população, principalmente dessa área, venha prestar depoimento, para que possamos representar junto ao Poder Judiciário para que novas prisões, de pessoas do mesmo grupo dele, sejam decretadas; e para que ele fique um bom tempo atrás das grades”, afirmou Renato.
Choro
Apresentado à imprensa nesta segunda-feira, Everton quase chorou. Ele disse ser um “pai de família” e trabalhador. O suspeito afirmou que trabalha como pintor e que tem um filho de 4 anos. “É tudo mentira, querem me incriminar. Eu não conhecia nenhuma dessas pessoas”.
Questionado sobre a tatuagem de palhaço que possui nas costas – que entre criminosos significa “matador de policiais” – Everton comentou que fez porque gostou do desenho. “Não matei ninguém”.
