Barbárie

Polícia caça suspeito de abusar sexualmente de menina

A polícia de Quatro Barras procura por Leandro Santos de Barros, 23 anos, suspeito de sequestrar uma menina de 8 anos na noite de terça-feira. A criança foi levada à força de casa e passou a madrugada inteira em poder do marginal, num matagal atrás do sítio onde mora com os pais, na localidade de Ribeirão do Tigre, zona rural da cidade.

Na manhã de ontem, ela reapareceu em casa bastante machucada e foi encaminhada ao Hospital Pequeno Príncipe. O laudo do Instituto Médico-Legal (IML) vai apontar se ela sofreu violência sexual.

Até o início da noite de ontem, a polícia e moradores da região procuravam por Leandro. De acordo com o delegado Rogério Haisi, ele responde a inquérito por crime de dano em 2007 e é usuário de droga.

O pai da vítima, de 29 anos, disse que Leandro já havia morado na região por quatro anos e era conhecido da vizinhança. Depois, o rapaz desapareceu por três anos e, na segunda-feira, retornou ao município.

Todo machucado, Leandro foi pedir ajuda ao pai da menina. Ele afirmou que estava na região para procurar emprego e prometeu deixar a casa no dia seguinte. “Eu dei o que comer a ele e até ofereci a cama da minha filha pra ele dormir e se acomodar melhor”, contou o pai.

Rapto

Na tarde de terça-feira, Leandro saiu da casa e foi até um bar. No início da noite, ele se aproveitou de um descuido dos pais e conseguiu retirar a menina de casa logo depois que ela chegou da escola, por volta de 19h.

“Eu cheguei tarde do serviço e chamei minha mulher para fechar a porteira do sítio. Quando voltamos pra casa, minha filha já tinha sumido”, disse o pai. Leandro pegou a menina e a levou para um matagal a cerca de um quilômetro atrás da casa.

Desesperados, os pais e vizinhos passaram a noite em claro procurando pela menina. A Polícia Militar também permaneceu até as 3h fazendo buscas com cães farejadores.

Para surpresa de todos, por volta de 7h de ontem, a garotinha reapareceu na residência com vários hematomas e picadas de inseto pelo corpo. Segundo o pai, havia marcas no pulso da menina indicando que ela foi amarrada ou segurada com muita força.

“Ela voltou com o pescoço machucado e os olhos vermelhos. Minha filha disse que ele bateu bastante nela e que tentou colocar o dedo nas partes íntimas”, disse o pai.

Conforme o relato da menina, Leandro tampava sua boca para que não gritasse e chamasse atenção da vizinhança. “Ele disse que iria nos matar caso ela contasse o que ele fez”, contou o pai, com base no relato da menina, que continua internada no Hospital Pequeno Príncipe. Segundo a assessoria de imprensa do hospital, ela está recebendo tratamento médico e psicológico. Ainda pela manhã, foi examinada por peritos do Instituto Médico-Legal que vão comprovar se houve abuso sexual.