Atalho proibido!

Placa nova reforça proibição, mas ciclovia ainda é invadida por carros em Curitiba

Ciclovia no Bacacheri, em Curitiba
Nova placa colocada pela prefeitura de Curitiba indica proibição de veículos na ciclovia. Foto: Átila Alberti | Tribuna do Paraná

Após a Tribuna do Paraná relatar que motoristas estariam usando de forma irregular uma ciclovia no bairro Bacacheri, a Prefeitura de Curitiba instalou placas que proíbem a passagem de veículos no local. Porém, novos registros feitos nesta sexta-feira (26/09) mostram que motoristas ignoram a sinalização e continuam acessando o atalho proibido.

ATUALIZAÇÃO! Solução? Uber corrige rota irregular que servia como atalho para motoristas em Curitiba

A ciclovia fica entre as ruas Costa Rica e Flávio Dallegrave. O acesso, que deveria ser exclusivo aos moradores da via localizada no trecho, além de ciclistas e pedestres, se transformou em um atalho para veículos que tentam cortar caminho em direção à rua Nicarágua.

Até o início do mês, não havia sinalização no local. Nesta sexta-feira (26/09), o repórter fotográfico da Tribuna, Átila Alberti, confirmou que placas foram instaladas, mas nada mudou em relação a atitude dos motoristas.

Em cerca de dez minutos, diversos flagrantes foram feitos no local. Assista:

E aí, prefeitura?

Em nota, a Secretaria Municipal de Defesa Social e Trânsito de Curitiba (Setran) afirmou que agentes de trânsito incluíram o trecho na rota de fiscalização, após o pedido dos moradores, com intuito de coibir o trafego no trecho.

Problema no GPS?

Ao fotógrafo, uma motorista de aplicativo da Uber relatou que o GPS teria oferecido o local como opção de trajeto. Na reportagem anterior, Carmem Wouk, moradora que vive nas proximidades, também havia dito que outros motoristas de aplicativo relataram que a ciclovia tem sido sugerida como caminho em corridas.

A política da Uber explica que as rotas sugeridas aos motoristas são geradas automaticamente pelo GPS do aplicativo, que leva em conta o trajeto mais rápido entre dois pontos. Além disso, o sistema também considera aspectos de conveniência, permitindo que cada motorista escolha o caminho que considera mais adequado. Para garantir a precisão, o aplicativo registra os percursos realizados por meio do compartilhamento de dados de localização do usuário.

Sobre este possível problema, a Setran afirma que, em testes executados nos aplicativos do Google Maps e Waze, nenhuma das rotas traçadas indicaram a ciclovia como rota de acesso. A orientação da superintendência é de que os motoristas respeitem a sinalização no local, e não a indicação da rota indicada pelo aplicativo de GPS.

Vale ressaltar que o sistema da Uber oferece alternativas. Mesmo com o GPS já embutido no app, os condutores podem optar por outros aplicativos de navegação de preferência. Para isso, basta acessar o menu no canto superior esquerdo, selecionar as opções “Conta” > “Configurações do app” > “Navegação”, e então escolher o aplicativo desejado como padrão. Dessa forma, eventuais rotas indevidas podem ser evitadas.

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