Comuns no outono e no inverno, os nevoeiros e neblinas são fenômenos meteorológicos que reduzem a visibilidade e marcam essas estações. Segundo o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental (Simepar), eles surgem pela presença de pequenas gotículas de água suspensas no ar, o que pode limitar a visibilidade a menos de um quilômetro. A exemplo do que aconteceu na segunda-feira (07) e também nesta terça-feira, a neblina em Curitiba deve estar presente nos próximos dias com certa frequência.
“Ele ocorre devido à condensação do vapor d’água próximo à superfície terrestre, geralmente quando a temperatura do ar diminui e atinge a temperatura do ponto de orvalho – temperatura na qual o ar precisa ser resfriado, a pressão constante, para que o vapor d’água nele presente comece a se condensar, formando as gotículas”, explica Reinaldo Kneib, meteorologista do Simepar. Nesta segunda-feira, voos foram cancelados no Aeroporto Afonso Pena por causa do fenômeno.
Quando a visibilidade é superior a um quilômetro, mas a visão continua prejudicada por partículas de umidade, o fenômeno passa a ser classificado como névoa, e não nevoeiro. Esses eventos são mais recorrentes no outono, estação marcada por noites mais longas e maior estabilidade nas massas de ar.
“As massas de ar seco são mais estáveis. As noites são mais longas, permitindo maior resfriamento do ar, e com isso a umidade relativa do ar fica mais elevada e esse ar úmido pode atingir o ponto de orvalho”, ressalta Kneib.
Nevoeiros tem diferentes tipos
Há cinco principais tipos de nevoeiro. O mais conhecido é o de radiação, que se forma em noites limpas e sem vento, quando o solo perde calor por irradiação. Ele costuma aparecer em áreas rurais e em vales, como na Região Metropolitana de Curitiba.
Outro é o nevoeiro de advecção, gerado quando o ar quente e úmido passa sobre uma superfície mais fria. Esse tipo é comum em áreas costeiras e sobre os oceanos, sendo também registrado no Leste do Paraná.
O terceiro tipo é o de evaporação (ou mistura), que surge quando o vapor d’água é adicionado ao ar frio, como em rios e lagos no inverno, ou em águas aquecidas em contato com ar gelado. Esse fenômeno também pode ocorrer sobre o mar após tempestades.
Já o quarto tipo é o orográfico (ou de encosta), presente quando o ar úmido é forçado a subir montanhas ou colinas, tornando-se comum em regiões de relevo elevado. Por fim, há o nevoeiro frontal, que aparece quando uma frente quente avança sobre uma massa de ar frio, gerando condensação. Esse costuma cobrir áreas mais amplas do que os demais.
Neblina que baixa, sol que racha?
Mas, afinal, “neblina que baixa, sol que racha”? Nem sempre. A presença de neblina não indica, necessariamente, céu aberto ao longo do dia. “Na maioria das vezes o nevoeiro se dissipa e o sol predomina. Porém, nas regiões serranas o nevoeiro, ao invés de dissipar, pode evoluir, subir e deixar o céu encoberto, mas sem a restrição de visibilidade na superfície”, explica Kneib.
Previsão do tempo em Curitiba
Nesta terça-feira (8), a neblina é um indício de que o dia será de sol. À tarde, a temperatura máxima prevista é de 19 ºC, sem previsão de chuva. A variação da nebulosidade se mantém até quarta-feira (9) e, já na quinta-feira (10), espera-se o céu mais nublado ao longo do dia.
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