O prefeito Rafael Greca nega que Curitiba tenha entrado em colapso com o avanço da contaminação por coronavírus na cidade. Em entrevista à rede CNN nesta sexta-feira (26), Greca garantiu que o sistema de saúde da capital é robusto e reforçou que, com a reabertura de dois hospitais que ficarão exclusivos para o tratamento da covid-19, a cidade não precisa de hospital de campanha.

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“Não há colapso do sistema de saúde de Curitiba, que é extremamente robusto e muito bem equacionado”, ressaltou o prefeito, citando na entrevista os números atuais da pandemia. Até o boletim epidemiológico de quinta-feira (26), Curitiba tem 123 mortos, 3.948 infectados, 2.295 pacientes curados e 83% dos leitos de UTI para covid-19 ocupados. “38 leitos ainda estão disponíveis e ganhei 100 respiradores do Ministério da Saúde. Com isso, vou ampliar as UTIs para 352”, completou na entrevista.

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O prefeito enfatiza que com a abertura de leitos em dois novos hospitais, o Vitória, na CIC, e o Instituto Paranaense de Medicina, no Alto da XV, Curitiba não precisa de hospital de campanha. “Estou abrindo dois novos hospitais. Não são hospitais de campanha, que custa R$ 60 milhões. Eu não quis saber disso”, garante. Mesmo assim, a prefeitura tem um plano emergencial de construção de um hospital de campanha no centro de convenções do Parque Barigui se for necessário.

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Greca admitiu que Curitiba viveu um cenário “muito confortável” por 90 dias, mas que agora a pandemia chegou de fato. O salto no número de casos, acredita o prefeito, está ligada com chegada do inverno, que deve aumentar ainda mais os casos de doenças respiratórias, além da covid-19.

“Houve um outono seco, sem umidade e com isso o vírus foi transmitido. Com a umidade, com o frio, as síndromes respiratórias se intensificam nesta época do ano em Curitiba. Aí houve uma maior ocupação dos leitos”, aponta.

Transmissão familiar

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Assim como já fizeram em outras oportunidades a secretária de Saúde de Curitiba, Márcia Huçulak, e a médica infectologista da prefeitura Marion Burger, Greca mostrou preocupação com a transmissão entre os familiares. O prefeito faz um apelo para que as pessoas mantenham distância, principalmente dos idosos, público mais vulnerável à covid-19.

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“A turma resolve visitar a vovó, fazer um almoço de família, o que é vedado pelas autoridades sanitárias. A gente deve ver os idosos à distância, telefonar para eles, não deve ir nas suas casas”, pede o prefeito.

Greca citou o caso de uma família em que três jovens haviam ido a uma balada e visitado a avó no dia seguinte. “Em três dias, a vovó estava morta e cinco pessoas da família estavam doentes. Essa transmissão familiar tem que ser cortada. O isolamento social é essencial”, pede o prefeito.


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