Em Curitiba

Motorista suspeito de matar músico se apresenta à polícia

Amarok ficou bem danificada após furar a preferencial e atingir a moto do músico.
Motorista suspeito de matar músico Ronaldo Jackson se apresentou à polícia e a Amarok foi apreendida para perícia. Foto: Divulgação

Após o período de flagrante passar, Diego Farias Bueno, 36 anos, suspeito de matar o músico Ronaldo Jackson, 40 anos, em um acidente de trânsito na madrugada de sexta-feira (12), se apresentou à Delegacia de Delitos de Trânsito (Dedetran) durante a tarde deste domingo (14). Ele estava com a carteira suspensa na data do acidente e, acompanhado de seu advogado, prestou depoimento e foi liberado. De acordo com o próprio motorista e testemunhas, ele não prestou socorro à vítima e fugiu do local.

“O motorista disse que avistou a preferencial parou e viu o motociclista. Alegou que acreditou que dava tempo para ultrapassar, mas quando saiu escutou o impacto e fugiu do local com medo de ser preso porque está com a carteira de habilitação suspensa. O veículo foi apreendido e será submetido à perícia”, explicou o delegado responsável pelo caso, Anderson Ormeni Franco.

O motorista se apresentou mais de 24 horas após o acidente e, por isso, foi ouvido e liberado. A colisão ocorreu na esquina das Ruas Desembargador Westphalen e Almirante Gonçalves, no bairro Rebouças, em Curitiba. Ainda conforme a polícia, imagens de câmeras de segurança mostram o momento do acidente. Jackson chegou a ser socorrido, após o Corpo de Bombeiros ser acionado por pessoas que passavam pelo local, mas morreu na ambulância por conta dos diversos ferimentos.

Motorista suspeito de matar músico Ronaldo Jackson em acidente deve se apresentar à polícia.
Motorista teria fugido do local sem prestar socorro a Ronaldo. Foto: Reprodução/Facebook

O músico deixou a esposa e um casal de filhos gêmeos de apenas quatro anos. A reportagem tentou entrar em contato com o advogado de Diego, Fernando Dissenha, mas não conseguiu localizá-lo até o fechamento desta matéria.

Campanha

Indignados com o caso, amigos criaram uma campanha no Facebook em que pediam que pessoas informassem à polícia caso tivessem visto uma caminhonete com as mesmas características e que estivesse batida. “Se você conhece alguém que tenha uma Amarok branca com a frente batida, denuncie. Essa pessoa tirou uma vida e não foi capaz de prestar socorro. Tirou a vida do nosso irmão Ronaldo Jackson”, dizia o texto.

A Dedetran continua investigando o caso e, a princípio, outras pessoas que estavam no veículo serão ouvidas nos próximos dias.