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Mãe dos quíntuplos do Paraná revela que um dos gêmeos apresenta sinais de autismo

Quíntuplos são de Chopinzinho, mas nasceram em Campo Largo, região metropolitana. Foto: Reprodução/Instagram @quintuplosdoparana

A mãe dos quíntuplos e influencer digital Anieli Camargo Kurpel, 25, de Chopinzinho, interior do Paraná, revelou que um dos meninos, o Jhordan, de 1 ano e meio, apresentou sinais de autismo – Transtorno do Espectro Autista (TEA). A revelação foi pelas redes sociais, na conta que ela e o marido Luis Fernando Araújo criaram no Instagram para postar o andamento da gravidez. A conta tem mais de 370 mil seguidores. Os bebês Luis Henrique, Jhordan, Thiago, Antonella e Laura nasceram prematuros em Campo Largo, região metropolitana de Curitiba, e tiveram alta em novembro de 2019, quando a família retornou para  o interior. O caso foi acompanhado pela Tribuna desde o começo.

Segundo a Anieli Camargo, os sintomas apareceram quando Jhordan estava com 10 meses. A mãe o chamava e o bebê não respondia aos estímulos. “Achei que pudesse ser algum problema de audição e mandei mensagem para uma enfermeira marcar uma consulta com a pediatra, porque eu estava preocupada. É tudo muito novo para nós. Sou muito leiga nesse assunto”, explicou a Anieli Camargo em um vídeo postado nas redes.

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A mãe conta que o menino não olhava para os olhos dela, apenas para a boca e cabelos. Também demonstrava não gostar de beijo, não sorria de volta quando estimulado e brincava de forma mais isolada. “Quando os bebês chegavam perto, ele saía. E até hoje ele faz isso. Costuma brincar com um brinquedo só e, algumas vezes, a gente acordava e  ele estava sentado batendo a cabeça. A gente pegava ele no colo, acalmava e ele voltava a dormir”, contou.

A Aniele Camargo explica que o menino é muito amado e agradece ter descoberto os sinais da doença de forma precoce. Ele deve começar a fazer terapia, os pais também começam a investigar mais sobre o caso, levando o Jhordan em outro pediatra de clínica especializada em Curitiba. “Eu agradeço a Deus muito por isso, por ele ter me usado e me dado muita sabedoria para eu perceber que o meu filho estava precisando de ajuda. Estou recebendo muitas mensagens de mães, de especialistas, nem sei como agradecer pelo carinho. Vocês não têm noção do quanto são importantes”, disse a mãe emocionada.

Foto: Reprodução/Instagram+

Autismo

De acordo com o neurologista e especialista em autismo Anderson Nitsche, do Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba, a descoberta do autismo precisa ser feita o quanto antes para melhorar o desenvolvimento da criança no futuro. No Brasil, segundo o médico, a média de idade de descoberta está entre 2 a 3 anos de idade. “O que é um bom padrão e ainda considerado precoce. Depois dos 4 anos, pode ficar tarde para um resultado melhor no tratamento”, explica Nitsche.

Ainda de acordo com ele, os pais devem ficar atentos cedo, pois bebês de seis meses  já podem apresentar alguns sinais da doença. “Com seis meses, o bebê já deve ter habilidade para rir, fixar o olhar nos olhos, perceber as expressões da mãe e dar atenção à ela, demonstrando reações como felicidade, tristeza ou medo”, aponta Nitsche.

Quanto ao tratamento, Nitsche diz que a orientação é que ele seja contínuo e passe por três áreas importantes: psicologia, fonoaudiologia e terapia ocupacional. “Às vezes, há necessidades  de outras, mas essas são fundamentais”, finaliza.