Apesar da pouca idade, Juliana Silva do Nascimento, 14 anos, estava amasiada e envolvida com as drogas. Como o tráfico não faz distinção de idade, o destino dela foi o mesmo de tantos jovens e adultos. Na noite de segunda-feira, a garota foi encontrada morta a tiros, em um matagal da Rua Enzo Scaletti, Moradias São José, no Ganchinho. Juliana é uma das 12 mulheres assassinadas neste ano, em Curitiba e região.
O corpo da garota foi encontrado por volta das 21h, num local frequentado por usuários de drogas e traficantes. De acordo com o tenente Cruz, do 13.º Batalhão da Polícia Militar, uma moradora ligou para a polícia e acompanhou os policiais pelo carreiro que atravessa o matagal. “Recebemos a informação que era usuária de drogas, já estava casada e costumava frequentar o mocó no meio do mato”, declarou o tenente. Não havia manchas de sangue no local, indicando que ela pode ter sido jogada morta no mato. A avaliação preliminar do Instituto Médico-Legal confirmou que ela foi baleada.
Desconhecida
A tatuagem nas costas, “mãe eu te amo”, pode ajudar na identificação da mulher que foi encontrada morta, com três tiros na nuca, na madrugada de ontem, no Conjunto Caiuá, Cidade Industrial. O corpo estava caído de bruços, em um trecho ermo da Rua Ludovico Kaminski. A vítima, que aparentava 35 anos, não portava documentos.
A vítima é morena, tinha cabelos crespos e curtos, vestia botas beges, calça jeans e camiseta pretas e jaqueta branca. Além da tatuagem nas costas, ela tinha um piercing na língua, uma corrente no pescoço, um anel na mão direita e as unhas pintadas de preto.
Estatística
A desconhecida foi a 12.º mulher assassinada neste ano. Foram quatro casos em Curitiba e oito na região metropolitana. Para o delegado Rubens Recalcatti, da Delegacia de Homicídios, as mulheres estão cada vez mais envolvidas com drogas e criminosos. “Por conta disso, se tornam vítimas da violência”, analisou.