Durante as investigações, a Polícia Civil do Paraná (PCPR) encontrou um áudio do humorista Marcelo Alves dos Santos enviado à miss Raíssa Suellen Ferreira da Silva após o crime. A mensagem teria sido enviada para criar um falso álibi, depois que ele matou a jovem. O crime chocou, visto que na época as investigações apontaram que Santos estava “disposto” a ajudar a família da vitima que é da Bahia
A perícia, responsável por extrair o conteúdo do computador de Marcelo, concluiu que o humorista fingia preocupação com o desaparecimento de Raíssa para tentar despistar seu envolvimento. O áudio integra o inquérito policial e foi encaminhado à Justiça do Paraná. Veja a transcrição:
“Oh, Raissa. Boa noite! Rapaiz, onde é que tu tá, em ‘bicha’. Entra em contato, tá todo mundo preocupado com tu aqui, cara. Faz tempo, desde segunda-feira que tu não entra em contato com ninguém. Aparece, aparece, pelo amor de Deus, cara. Ta todo mundo preocupado e a gente tá se virando aqui nos trinta pra ver o que pode pra fazer pra… fala com um e com outro pra saber onde tu tá. Entra em contato com nóis ai, oh, “homi de deus”. Pelo amor de deus, pelo amor de deus.”
Antes do crime, Marcelo também havia enviado outro áudio à jovem, convidando-a a ficar em sua casa, em São Paulo. Ao analisar as redes sociais de ambos, a polícia encontrou evidências de que Marcelo e o filho, Dhony de Assis, planejavam fugir após ocultar o corpo.
O advogado da família de Raíssa afirmou, em entrevista ao g1, que os áudios comprovam um plano arquitetado pelos envolvidos e reforçam a premeditação do crime. Já a defesa de Marcelo, representada pelo advogado Caio Percival, declarou que “as investigações caminham com tudo aquilo que Marcelo trouxe na sua narrativa desde o início”.

Relembre o caso
Em junho, Marcelo Alves e seu filho Dhony foram indiciados pelo Ministério Público do Paraná (MPPR) pelos crimes de feminicídio, fraude processual e ocultação de cadáver. Marcelo foi denunciado por todos os crimes, enquanto Dhony responde por fraude e ocultação.
Marcelo confessou o crime uma semana após a morte da jovem e teve a prisão preventiva decretada. As investigações apontam que ele atraiu Raíssa com uma falsa proposta de trabalho em São Paulo. Imagens de câmeras de segurança mostram que a ação teve início por volta do meio-dia. Marcelo teria tentado se declarar para a vítima e, diante da recusa, a matou por esganadura.
Câmeras também registraram Marcelo e Dhony saindo da residência às 18h05 e retornando às 18h35. Segundo a polícia, os dois colocaram o corpo no porta-malas de um carro emprestado e o enterraram em uma área afastada. A estimativa é de que o trajeto até o local tenha durado 18 minutos, e a ocultação do corpo, cerca de 12 minutos.
Após a confissão de Marcelo, Dhony foi preso preventivamente por ocultação de cadáver, mas libertado mediante pagamento de fiança. Um novo mandado de prisão contra ele foi cumprido em 18 de junho.
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