Um hotel sem alvará de funcionamento foi fechado nesta quarta-feira (10), no Centro de Curitiba, durante uma ação da Polícia Civil do Paraná (PCPR). Segundo a corporação, o local era usado como ponto de tráfico de drogas e já havia sido alvo de uma operação em abril deste ano.
A investigação também aponta que o local era utilizado como esconderijo para criminosos. O hotel contava com 60 quartos. Desse total, 50 estavam ocupados, segundo a polícia.
O delegado do caso, Rodrigo Brown, afirma que durante a ação foram apreendidas drogas em vários cômodos. Em dois anos, mais de 60 boletins foram registrados por ocorrências que envolviam o endereço, incluindo dois homicídios.
“O imóvel não possuía alvará de funcionamento, condições de higiene, nem registro de pessoa jurídica e já havia sido interditado por órgãos de fiscalização”, explica o delegado.
O gerente e os ocupantes foram notificados sobre a suspensão imediata das atividades do hotel. De acordo com a PCPR, não houve desocupação forçada.
Esquema antigo
Em abril deste ano, a PCPR apreendeu mais de seis quilos de diferentes tipos de drogas durante uma operação realizada em seis hotéis e pousadas envolvidas no tráfico de drogas, no Centro de Curitiba. Ao todo, foram apreendidos quase três quilos de maconha, 250 pedras de crack, 1,8 quilo de morruga, 713 gramas de haxixe, 331 gramas de skunk, além de porções de drogas sintéticas como MDMA, LSD e comprimidos de ecstasy.
Conforme a corporação, durante a ação também foram recolhidas balanças de precisão, dinheiro em espécie, cadernos com anotações sobre o tráfico, celulares e embalagens ziplock.
Na ocasião, nove pessoas foram conduzidas à delegacia, sendo três presas em flagrante por tráfico de drogas, uma por cumprimento de mandado de prisão em aberto e cinco autuadas por porte de drogas para consumo pessoal.
O delegado afirmou na época que a operação foi um desdobramento de investigações iniciadas em outubro de 2024, após um homem ter sido preso em Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), suspeito de envolvimento em um homicídio ocorrido em março do mesmo ano.
Segundo a PCPR, o suspeito comandava pontos de venda de drogas e exercia controle violento sobre o tráfico, inclusive mantando rivais.



