Homem é assassinado prestes a telefonar

O celular aberto no banco do passageiro é uma pista que a polícia dispõe para saber quem matou Júlio Manzoni Calderón, 58 anos, dentro do Fiesta placa AOW-4076. Ele foi assassinado na rua Edivino Antônio Deboni, Fazendinha, atrás do Cemitério Jardim da Saudade, por volta das 18h15 de ontem. Na mesma rua, outro homem foi morto a tiros, e não está descartada a relação entre os crimes.

Um funcionário do cemitério viu dois indivíduos em uma moto Titan vermelha perseguir o Fiesta de Júlio. O carro parou e o garupa da moto desceu e atirou com uma pistola calibre 380. A vítima morreu ao volante e deixou o celular aberto, como se estivesse telefonando para alguém, quando foi morto.

Quando policiais militares do 13.º Batalhão chegaram para atender a ocorrência foram informados pelos populares que havia outra vítima de homicídio a poucas quadras de lá. Moradores contaram à polícia que o homem desceu de um carro e logo foi seguido pelo motorista, que atirou três vezes e fugiu. De acordo com os investigadores da Delegacia de Homicídios, testemunhas declararam que as características deste veículo são diferentes do Fiesta de Júlio. A vítima, que aparentava entre 25 e 30 anos, não foi identificada.

Hipótese

Uma das hipóteses para explicar a morte de Júlio é que ele testemunhou o homicídio quadras antes e foi assassinado em queima de arquivo. A polícia vai investigar se o telefonema interrompido era para avisar sobre o crime supostamente testemunhado por ele.

Logo depois do assassinato de Júlio, um vigilante foi chamado por moradores para verificar se a vítima estava morta. Quando estava próximo ao carro, um Gol, com quatro ou cinco indivíduos parou ao seu lado e perguntou se o motorista tinha morrido. Como o vigilante não soube responder, um dos ocupantes do Gol, desceu, olhou pelo vidro e afirmou: “está morto, sim”. Entrou no Gol e saiu sem dizer mais nada.

Os dois crimes são investigados pela Delegacia de Homicídios. No local, técnicos do Instituto de Identificação recolheram impressões digitais, para ajudar na identificação dos assassinos.

Fábio Alexandre
Vítima não identificada saiu de carro, conduzido pelo assassino.