Adesão

Guinchos se unem à greve dos caminhoneiros em Curitiba

Motoristas de caminhões-guincho também se reuniram e, nesta quinta-feira (24), se juntaram à manifestação dos caminhoneiros por conta do aumento do preço do combustível. Concentrados na Linha Verde, no Parolin, eles saíram em carreata até o Centro Cívico, onde pretendem fazer um buzinaço em frente ao Palácio Iguaçu.

Segundo os organizadores, pelo menos 150 veículos se envolveram na manifestação. “E isso é o que mais me impressiona, pois em nossa primeira manifestação reunimos 17 caminhões e agora temos mais de 100. Isso mostra a insatisfação das pessoas e a gravidade do problema que a gente tem enfrentado”, disse o motorista Ângelo Badaró.

Trabalhando como caminhoneiro há seis anos, Ângelo percebeu que muita coisa mudou e as condições de trabalho pioraram. “Antes, nós ganhávamos dinheiro e podíamos viver só disso. Hoje em dia, o que ganhamos mal dá para pagar as contas, mas a nossa luta não é só pela gente, é por todo mundo que precisa dos mesmos serviços que nós”, desabafou.

Cobrando o mesmo que os demais caminhoneiros, a redução do preço do diesel e do combustível de modo geral, Ângelo reforçou que não é só isso que está errado. “Se você parar para pensar, pagamos muito para viver em condições muito restritas. Olha o preço dos alimentos, por exemplo, algo precisa ser feito e nós estamos tentando mudar isso”.

Manifestação dos caminhoneiros

O protesto dos caminhoneiros já está no quarto dia. Nesta quarta-feira (23), a manifestação já começou a provocar falta de compatível e também de alimentos na Central de Abastecimento (Ceasa). Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), seguem os mesmos pontos de bloqueio parcial das rodovias na Região Metropolitana de Curitiba (RMC) e também no litoral do Paraná.

Nesta quinta, a PRF informou que algumas equipes, junto com a Guarda Municipal de Curitiba (GMC), escoltaram caminhões-tanque. Os veículos saíram da Repar, a refinaria da Petrobras em Araucária, na RMC, e foram até as garagens de empresas de ônibus, que operam o sistema de transporte coletivo na capital paranaense. Além disso, também houve relatos de motoristas que viram coletivos parados em postos de combustível comuns para que pudessem abastecer e continuar atendendo à população.

Panela de pressão