Após protestos

Greca decide não fechar a UPA do Pinheirinho, após revolta da população

Centro de atendimento psiquiátrico está descartado e UPA segue com atendimento de serviços clínicos normalmente. Foto: Gerson Klaina
Centro de atendimento psiquiátrico está descartado e UPA segue com atendimento de serviços clínicos normalmente. Foto: Gerson Klaina

Em resposta aos protestos e reclamações da população, após anunciar o fechamento da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Pinheirinho, em Curitiba, o prefeito Rafael Greca (PMN) anunciou na tarde desta quarta-feira (24) que não irá mais fechar a unidade definitivamente. A ideia era transformar a UPA em um centro de emergências psiquiátricas e a justificativa inicial foi de que os atendimentos eram baixos na região que tem mais de 50 mil habitantes.

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Apesar disso, a UPA terá o atendimento afetado até dezembro, pois a partir do dia 4 de novembro passará por uma reforma e readequação da estrutura. A unidade 24h, segundo Greca, ficará fechada um mês para reformas que contemplam pinturas, instalação elétrica, mobiliário e equipamentos. A prefeitura também destacou que a UPA está decaída já que as mesmas instalações estão sendo usadas desde 2007, sem interrupção.

Em uma transmissão ao vivo em sua página do Facebook, o prefeito explicou a decisão. “Eu sou quem abre as UPAs e não quem fecha. É uma correção de rumo no sentido de arrumarmos este imóvel e darmos a ele a cara de Curitiba, par atender os serviços de saúde com eficiência. Aqui nessa UPA vem gente do Pinheirinho, Capão Raso e Fazenda Rio Grande e queremos reforçar que é uma unidade que atende coisas mais graves”, afirmou Greca.

Sobre o projeto do centro de atendimento psiquiátrico, o prefeito afirmou que a ideia “não saiu da sua cabeça e nem do seu coração”. De acordo com Greca, alguns fatores influenciaram a decisão anterior de abrir a unidade psiquiátrica no lugar da UPA, como a possibilidade de fechamento do Hospital Hélio Rotenberg, local especializado no tratamento de pessoas com transtornos mentais e dependência química. Apesar disso, o prefeito não descarta um projeto futuro, ainda sem data definida, de uma nova unidade psiquiátrica na capital.

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“ A comissão de saúde da Câmara [de Vereadores] ficou sabendo do fechamento do Hospital Hélio Rotenberg e acreditamos que pode faltar leitos e ter uma desumanidade em Curitiba. Vamos trabalhar no projeto de uma casa que quero chamar de São Bento para atender essas pessoas, de preferência longe das UPAS para protegê-las e proteger as famílias”, afirmou o prefeito.

Ainda sobre a Unidade Estabilizadora Psiquiátrica, o prefeito informou que o projeto já está no planejamento pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (IPPUC) e aguarda uma licitação. Não há previsão para que isso aconteça por enquanto, por causa de burocracias que, de acordo com Greca “não coincidem com a vida real. Antes da decisão de voltar atrás, a secretaria municipal de saúde informou à Gazeta do Povo que estava com dificuldades para locar um prédio para o projeto funcionar.

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A reportagem entrou em contato com o Hospital Hélio Rotenberg e a instituição confirmou que somente os leitos conveniados ao Sistema Único de Saúde (SUS) serão fechados para as pessoas com dependência química. No momento, o local não recebe mais pacientes pelo SUS e até o dia 8 de novembro todas as adequações e altas devem ser dadas.

Possibilidade gerou revolta

Com o possível fechamento da UPA, muita gente ficou surpresa, incluindo funcionários do posto de saúde e a própria população que protestou em frente à unidade na última terça-feira (24). Além disso, nas redes sociais oficiais da prefeitura e do prefeito, as pessoas reclamaram da decisão, considerando os transtornos de ter que se deslocar para outras unidades, em uma distância que varia de 5 km a 9 km.

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