Contravenção

Fechado o “Quartel General” do jogo do bicho em Curitiba

Com mandado de busca e apreensão expedido a pedido do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, policiais militares invadiram, na manhã de ontem, o “quartel-general” do jogo do bicho, no Prado Velho.

Mais de 100 motocicletas foram apreendidas, além de farto material ligado à contravenção. Os 129 funcionários que estavam na casa assinaram termo circunstanciado e foram liberados. A polícia também recolheu malotes com dinheiro, mas o valor não foi divulgado. Os “chefes” do esquema não foram encontrados.

De acordo com o promotor de Justiça Leoni Batisti, coordenador estadual do Gaeco, as investigações começaram há quatro meses. Surgiu então a informação que a casa, situada na Rua Reynaldo Machado, funcionava como QG da contravenção.

Ele contou que o principal objetivo da operação foi coibir a corrupção, uma vez que muito policiais se aproveitam da proibição do jogo do bicho para achacar envolvidos no esquema. “Secando a fonte, paralisamos a corrupção”, afirmou Leonir. O Gaeco tem nomes de suspeitos de chefiar o jogo, mas nenhuma prova capaz de incriminá-los.

Surpresa

Por volta de 11h, quando os motoqueiros – responsáveis pelas coletas do dinheiro e das apostas em pontos espalhados pela cidade – chegavam na casa, foram surpreendidos por cerca de 20 policiais militares e uma equipe da Polícia Civil. Estavam no local 129 funcionários, entre motoqueiros e colaboradores internos.

Segundo os policiais, mais de três caminhões da Polícia Civil foram carregados com blocos de apostas, móveis, cofres e grande quantidade em dinheiro. “Quando chegamos, os motoqueiros estavam entregando o dinheiro coletado. Cédulas e moedas estavam sendo contadas em duas máquinas”, contou um policial, que não quis se identificar. O dinheiro apreendido encheu três malotes.

Setores

A casa era dividida em dois setores. De um lado, funcionava  uma oficina mecânica e almoxarifado de peças, para fazer a manutenção das motocicletas. Do outro, havia várias salas, para a administração.

Com a chegada da polícia, que arrombou armários e fez um verdadeira “limpa”, a sala foi usada para os funcionários serem ouvidos e assinarem termo circunstanciado.