Por se passar por policial civil há pelo menos quatro anos, Wilson Felipe Macedo, 35 anos, foi preso anteontem no Uberaba. Ele portava uma pistola calibre 380 e foi autuado em flagrante pelo porte ilegal da arma, além de ser indiciado por usurpação de função pública.
Para não confessar à esposa que não era policial de verdade, tentou continuar a farsa dizendo a ela que havia sido preso por investigadores da Corregedoria da Polícia Civil.
Policiais da Delegacia de Homicídios investigavam um assassinato ocorrido no bairro, quando se depararam com Wilson na rua. Como já era conhecido dos investigadores, justamente pela denúncia de ser falso policial, foi abordado.
Além da arma, Wilson tinha um radiocomunicador, sintonizado numa frequência da PM e envelopes, com cópias de documentos de investigações já encerradas. Em seu interrogatório na DH, o preso manteve-se em silêncio e não falou onde conseguiu os documentos.
Ganha-pão
Acredita-se que Wilson ganhava a vida passando-se por policial – tinha até uma identidade funcional similar à usada por policiais – e cometendo extorsões. Por isso, a polícia espera que, com a divulgação da imagem do detido, mais vítimas apareçam.
Em abril, ele comprou um carro em uma concessionária. Deu uma entrada e, usando da confiança de ser um policial do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), levou o veículo com a promessa de levar o restante do pagamento. Nunca mais voltou à concessionária.
A delegada Vanessa Alice, hoje titular da Delegacia de Homicídios, já o investigava desde quando estava no Cope, ano passado. Até a mulher de Wilson foi enganada.
À delegada, a mulher disse que está com Wilson há quatro anos, e desde então ele se diz policial. Quem souber de mais crimes cometidos por Wilson, pode informar a DH através do telefone (41) 3360-1400.