Educação

Estudantes voltam às ruas e param trânsito no Centro contra cortes de Bolsonaro

Estudantes protestam contra corte de verbas de Bolsonaro para a educação. Átila Alberti / Tribuna do Paraná

A exemplo do que aconteceu pela manhã, nesta quarta-feira (15), protestos contra o corte de 30% das verbas destinadas às universidades tomaram as ruas da região central de Curitiba. Os movimentos da manhã foram organizados pelos reitores e centrais sindicais, bem como organizações estudantis.

No protesto da noite a presença dos estudantes, diretamente impactados pela redução das verbas, foi ainda maior. Além de estudantes da Universidade Federal do Paraná (UFPR), participaram alunos da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) e o Instituto Federal do Paraná (IFPR).

A concentração aconteceu na Praça Santos Andrade. Por volta das 18h o local estava tomado pelos manifestantes, deixando o trânsito complicado, especialmente pelo horário de pico. Os estudantes sairam em caminhada pela Rua Alfredo Bufren, com destino à Reitoria da (UFPR), algumas quadras dali. Lá, um ato foi organizado para marcar o protesto.

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Segundo a organização, o ato dos estudantes é legítimo e ganhou apoio de outras classes da sociedade. Trabalhadores também pararam hoje em apoio, pela manhã, além de universidades particulares e colégios estaduais. “Assim como de manhã, nossa caminhada simbólica de hoje à noite é um ato de valorização da Educação”, disse a estudante Nahomi, do curso de Direito da UFPR, um dos membros da organização do manifesto na Praça Santos Andrade.

Professores das escolas estaduais do Paraná paralisaram suas atividades nesta quarta. A greve foi convocada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). A mobilização impactou os atendimentos prestados no Hospital de Clínicas (HC), da Universidade Federal do Paraná, cujos servidores técnico-administrativos – o que não inclui médicos – também decidiram parar.

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O corte

A causa principal dos protestos é o bloqueio de 5% do orçamento anual do MEC, R$ 7,4 bilhões de um total de R$ 149 bilhões. Nas universidades públicas o congelamento de gastos atingirá 3,5% do orçamento de cada instituição, das chamadas verbas “não obrigatórias”. Caso “a reforma da Previdência seja aprovada e entre dinheiro em caixa”, afirmou o ministro da Educação Abraham Weintraub, o dinheiro será desbloqueado.

Os bloqueios nas universidades públicas somam R$ 2 bilhões e, apesar de não chegarem a atingir salários, aposentadorias e outros gastos obrigatórios (cerca de 86% do orçamento de cada universidade), podem comprometer o funcionamento das instituições no segundo semestre. As verbas não obrigatórias incluem o pagamento de água, luz, material de escritório, investimentos em obras e reformas, etc.