Preços nas alturas!

Curitibano precisa de 113 horas de trabalho para pagar 8ª cesta básica mais cara do país

Em Curitiba, segundo levantamento do Dieese, o preço cesta básica está em R$ 728,06. Foto: Marcelo Andrade/Arquivo/Gazeta do Povo

Em março, o custo da cesta básica subiu em 10 das 17 capitais brasileiras analisadas pela Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, divulgada mensalmente, em São Paulo, pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Em Curitiba, segundo o levantamento de março de 2024 do Dieese, o preço cesta básica está em R$ 728,06, o que representa 113 horas e 26 minutos em média de trabalho para adquirir os produtos da cesta.

As maiores elevações foram registradas no Recife (5,81%), Fortaleza (5,66%), Natal (4,49%) e Aracaju (3,90%). Já as reduções mais expressivas foram observadas no Rio de Janeiro (-2,47%), Porto Alegre (-2,43%), Campo Grande (-2,43%) e Belo Horizonte (-2,06%). Curitiba tem a 8ª cesta básica mais cara do país.

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CapitalValor da CestaPorcentagem
do Salário
Mínimo
Líquido
Tempo
de
trabalho
São PauloR$ 813,2662,27126h43m
Rio de JaneiroR$ 812,2562,19 126h33m
FlorianópolisR$ 791,2160,58 123h17m
Porto AlegreR$ 777,4359,52 121h08m
BrasíliaR$ 747,6857,25 116h29m
Campo GrandeR$ 730,0255,89 113h44m
VitóriaR$ 729,3455,84 113h38m
CuritibaR$ 728,0655,74 113h26m

Custo das cestas

A cesta mais cara do país foi encontrada em São Paulo, onde o conjunto dos alimentos básicos custava, em  média, R$ 813,26. Em seguida, figuram as cestas do Rio de Janeiro (R$ 812,25), Florianópolis (R$ 791,21) e Porto Alegre (R$ 777,43).

Nas cidades do Norte e do Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, os menores valores médios foram anotados em Aracaju (R$ 555,22), João Pessoa (R$ 583,23) e Recife (R$ 592,19).

Sobe e desce no orçamento

O preço do óleo de soja recuou em todas as 17 capitais entre fevereiro e março.
As retrações oscilaram entre -8,18%, em Aracaju, e -0,26%, em Recife. Em 12
meses, todas as cidades acumularam redução, com destaque para Vitória
(-2,46%), Florianópolis (-28,05%) e Campo Grande (-26,02%). Mesmo com a
demanda firme por óleo de soja, o excesso de oferta do grão fez cair as cotações
na maior parte do mês. No varejo, o preço do óleo seguiu em queda.

O preço do quilo da batata baixou em todas as capitais da região Centro-Sul, onde
o tubérculo é pesquisado. As variações oscilaram entre -24,22%, em Campo
Grande, e -8,18%, em Vitória. Em 12 meses, todas as cidades tiveram elevação
de preço, com destaque para Porto Alegre (72,71%), Florianópolis (72,16%), Rio
de Janeiro (70,47%) e Campo Grande (63,68%). A redução pode ser explicada
pelo aumento da oferta, causado pelo atraso no plantio, devido ao excesso de
chuvas. Depois, com a diminuição das chuvas, houve melhora na produtividade.

Entre fevereiro e março, o preço médio do arroz diminuiu em 13 capitais. As
variações oscilaram entre -7,20%, em Porto Alegre, e -0,15%, em Fortaleza. As
altas ocorreram em Belém (2,57%), Recife (2,33%) e Florianópolis (1,39%). Em
12 meses, todas as cidades tiveram elevação de preço, as maiores em Goiânia
(40,46%) e São Paulo (35,50%). As cotações caíram devido ao avanço da colheita
e à importação do grão, que superou as exportações.

O valor do quilo da carne bovina de primeira diminuiu em 13 cidades. As
reduções mais importantes foram registradas em João Pessoa (-5,77%), Vitória
(-2,10%), Belo Horizonte (-1,97%), Rio de Janeiro (-1,85%) e Fortaleza (-1,71%).
As altas ocorreram em Florianópolis (4,01%), Aracaju (2,33%), Natal (1,54%) e
Campo Grande (0,37%). Em 12 meses, todas as cidades pesquisadas tiveram
queda de preço, com destaque para Natal (-10,41%) e Goiânia
(-10,11%). O menor volume exportado e a maior oferta de carne explicaram a
queda no varejo.

Houve elevação do preço da banana em 15 das 17 capitais onde a fruta é
pesquisada. A coleta abrange os tipos prata e nanica. Entre fevereiro e março, os
aumentos oscilaram entre 0,86%, no Rio de Janeiro, e 8,77%, em Natal. As
reduções ocorreram em Campo Grande (-6,25%) e Belo Horizonte (-5,75%). Em
12 meses, o preço da fruta acumulou alta em todas as cidades e chegou a 70,13%
em Belo Horizonte. Com menor nível de oferta dos dois tipos, o preço no varejo
subiu. A maior demanda e a menor oferta elevaram o preço.

O preço comercializado do tomate subiu, entre fevereiro e março, em 14 capitais,
com destaque para as taxas verificadas em Fortaleza (51,54%), João Pessoa
(41,10%), Recife (39,68%) e Natal (34,80%). Houve redução do valor em Porto
Alegre (-6,78%), Rio de Janeiro (-2,81%) e Belém (-2,42%). Em 12 meses, o
preço aumentou em todas as cidades e as taxas oscilaram entre 6,96%, em Belém,
e 40,40%, em Florianópolis. A instabilidade climática, devido ao excesso de calor
e às chuvas intensas, teve impacto na oferta e, no varejo, houve aumento ainda em
março.

O custo do quilo do café em pó subiu em 12 capitais. Destacam-se as variações
de Curitiba (3,81%), Rio de Janeiro (3,09%), Fortaleza (2,78%) e João Pessoa
(2,74%). Entre as localidades com quedas nos preços, a mais expressiva ocorreu
em Porto Alegre (-3,76%). Em 12 meses, o preço médio caiu em 11 cidades, com
variações que oscilaram entre -14,92%, em Porto Alegre, e -2,27%, em São Paulo.
As maiores altas acumuladas foram anotadas em Fortaleza (2,78%) e Aracaju
(1,09%). O maior volume exportado de café e as incertezas em relação à colheita
da safra 2024/2025 explicam a alta no varejo.

Salário mínimo ideal

Com base no valor da cesta mais cara do país – a de São Paulo – e, levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estimou que o salário mínimo ideal deveria ser de R$ 6.832,20 em março, valor 4,84 vezes superior ao do salário mínimo atual de R$ 1.412,00.

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