Pandemia e educação

Casos de covid-19 podem isolar turmas e até fechar escolas, diz secretária de educação de Curitiba

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Foto: Reprodução.

Em Curitiba, 140 mil crianças matriculadas em escolas da rede municipal de ensino voltaram às aulas nesta quinta-feira (18). E as famílias de 61% destes estudantes optaram pelo modelo híbrido de ensino, que inclui aulas presenciais e videoaulas. Os demais seguem no formato remoto, como em 2020, por causa da pandemia do novo coronavírus. A escolha pelo modelo de ensino a ser seguido pelos alunos pode ser feita pelos pais até esta sexta-feira (19) por meio de uma plataforma disponibilizada pela prefeitura. Ainda segundo a prefeitura, nesta quinta e sexta-feira, estudantes e familiares serão acolhidos pelas escolas, antes do início de fato das aulas, marcado para a próxima segunda-feira (22).

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Com o início de mais um ano letivo, ainda em plena pandemia, alunos, professores e funcionários de escolas municipais de Curitiba seguirão medidas do protocolo de prevenção contra o novo coronavírus durante as aulas presenciais. E de acordo com a secretária municipal de Educação de Curitiba, Maria Sílvia Bacila, turmas podem ser isoladas se algum aluno for infectado com a covid-19 e até escolas inteiras correm o risco de serem fechadas em casos de surtos da doença.

“Havendo um caso, seja de uma criança, o comitê gestor da unidade já deve entrar em contato com a unidade de saúde, para definir se é a turma ou se é a escola que vai ser isolada. Então, isso já está posto. Ou, se tem mais alguma questão, alguma medida que deve ser tomada com relação à essa questão do isolamento. Isso tudo, com todos os cuidados necessários”, afirmou a secretária, em entrevista concedida nesta quinta-feira (18), ao jornal Bom Dia Paraná, da RPC.

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“Nós vamos trabalhar com essa questão e havendo algum caso, nós vamos isolar como já está em nosso protocolo. Seja uma sala, sejam duas salas, seja uma unidade inteira. Agora, quem vai definir se isola uma sala, duas salas ou fecha a unidade é a unidade de saúde da Regional. Por isso, esse trabalho conjunto da Secretaria Municipal de Educação com a Secretaria Municipal de Saúde, nas regionais, com os núcleos de educação e os núcleos de saúde, que são as unidades de saúde das regionais. Eu peço que todos tenham muita calma. Nós vamos agora viver e eles estão todos preparados para trabalhar com essas questões que virão”, ressaltou Maria Sílvia.

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Escolas municipais de Curitiba acolhem pais e alunos nesta quinta (18) e sexta-feira (19). Foto: Luiz Costa/SMCS

Professores e funcionários

Questionada sobre a segurança de professores e funcionários que fazem parte dos grupos do risco, a secretaria informou que eles não devem ministrar aulas presenciais ou estar nas escolas, neste momento. “Com relação aos profissionais que são do grupo de risco, eles já estão afastados e isso é algo definido, não é não ao algo novo em relação a essa questão. O risco (para eles) é a profilaxia e a profilaxia é esse investimento que foi feito em todas as questões do uso de máscara, do uso do álcool gel, de usar os tapetes sanitizantes, de lavar as mãos, enfim, de trabalhar em todo esse protocolo. E de entender também, o que nós estamos recebendo de orientação do nosso comitê de ética em saúde”, disse a secretária.

Na rede estadual

Nas escolas da redes estadual do Paraná o ano letivo de 2021 também começou nesta quinta-feira (18). Mas, as aulas desta e da próxima semana ainda serão remotas, transmitidas pela TV aberta, YouTube, aplicativo e Google Classroom, incluindo a utilização de tarefas impressas.

De acordo com a Secretaria de Estado da Educação (Seed), os alunos só devem voltar para as salas de aula, em modelo híbrido de ensino, no dia 1º de março. Retorno que, no entanto, deve ser impactado pela greve dos professores da rede estadual, que deve começar na mesma data, conforme decisão tomada pela categoria em reunião realizada na última quarta-feira (17).