Mistério

Carro abandonado em rio intriga moradores do Alto Boqueirão

Foto: Átila Alberti

Um Uno vermelho abandonado em um córrego do Alto Boqueirão desde domingo de madrugada (7) tem intrigado moradores da região, que não sabem dizer se ele foi largado ali ou foi por acidente. Desde então, o carro foi totalmente depenado: rodas, pneus, placas e até o motor foram levados.

O Uno está no rio ao lado da ponte da Rua Mathias de Andrade Richa. Antonio Dias das Neves, que trabalha com eventos e mora próximo ao local onde está o carro, disse que escutou um barulho do carro caindo por volta das 3h de domingo. “Não prestei muita atenção e só fui ver no outro dia de manhã”, disse. “Acho que soltaram ali, porque não tem como se perder”, comentou.

O comerciante Daniel Duarte Portela também acha que o carro foi deixado no córrego de propósito. “Ninguém viu nada, mas não tem nem marca de freada”, afirmou. Ele contou que os policiais militares foram acionados para conferir a situação do veículo, mas, como o Uno – que tinha placas de São José dos Pinhais – não tinha alerta de furto ou roubo, nada puderam fazer. “Tava fácil de tirar, porque estava com roda e tudo. Agora vai ser complicado”.

Já uma outra moradora, que não quis ter o nome divulgado, disse que o carro foi deixado no local por dois bêbados que se acidentaram. “Eles até voltaram na segunda para tentar tirar o carro dali, mas não conseguiram e aí levaram as peças”, disse. No entanto, a mulher contou que não chegou a conversar com eles. “Eram mal encarados”.

Ponte problemática

A ponte de madeira tem sido insuficiente para o tráfego intenso de veículos na Rua Mathias de Andrade Richa, conforme moradores. Como só passa um carro por vez, já chegou até a acontecer desavenças. “Dá briga direto e já puxaram até arma por causa disso”, relatou Daniel.

O comerciante considera a estrutura insuficiente para o fluxo da via. “Essa ponte está perigosa. A prefeitura vem e remenda, mas dura no máximo uns três meses. Teve pedestre que já se acidentou passando ali e direto passa criança”, comentou.

“É um problema mesmo, porque tem muito movimento e acaba ficando perigoso, principalmente em horários de pico”, afirmou Antônio.