DANIFICADA

Câmara de Curitiba é interditada pelos bombeiros após protesto de servidores

Bombeiro faz vistoria no prédio da Câmara de Curitiba. Foto: Gerson Klaina.

Após a 4ª invasão de manifestantes às dependências da Câmara Municipal de Curitiba, que aconteceu na última quarta-feira (28) e resultou em danos ao Palácio Rio Branco, a Comissão de Segurança de Edificações e Imóveis (Cosedi) da Defesa Civil de Curitiba e o Corpo de Bombeiros interditaram as galerias do prédio histórico. Os pareceres técnicos foram enviados ao Legislativo nesta sexta-feira (30).

O Corpo de Bombeiros efetuou vistoria em que constatou “deslocamento da estrutura do assoalho junto das paredes de sustentação”. A certidão de ocorrência diz ainda que “por orientação do oficial de socorro tenente Hortig, o local ficou isolado”, não havendo vítimas ou veículos envolvidos.

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A Cosedi recomendou que a Casa contrate um perito para fazer a avaliação estrutural do prédio, local que recebe as sessões plenárias, audiências públicas e sessões solenes. Segundo o primeiro-secretário, Bruno Pessuti (PSD), esta contratação deverá acontecer ainda no recesso parlamentar – período de 1° a 31 de julho, em que as sessões estão suspensas. “Esperamos ter o resultado [da perícia] em 30 dias e que o prédio não tenha sido permanentemente danificado.”

“O assoalho cedeu cerca de 1 centímetro. É uma tristeza essa agressão ao Parlamento, que foi invadido pela quarta vez. As galerias já estavam ocupadas com 28 pessoas [o limite estabelecido pelo laudo do Corpo de Bombeiros é de 78 pessoas em todo o Palácio Rio Branco – plenário, galerias e salas anexas]. E com a invasão, mais de 100 estavam lá em cima. O chão tremeu com mais de 100 pessoas batendo o pé”, relata o vereador.