Criminalidade

Bandidos ferem PM em aniversário infantil no Uberaba

Uma tentativa de assalto resultou em uma policial militar gravemente ferida, às 19h40 de ontem, na Rua Frei Francisco Mont Alverne, Uberaba. Um marginal que também foi baleado, foi levado ao Hospital do Trabalhador pelos comparsas, que para fugir, sequestraram um médico.

Segundo testemunhas, Ana Paula Moreira Martinez, lotada no Hospital da Polícia Militar, e o marido dela, Sérgio Meginski, do Batalhão da Polícia de Trânsito, chegavam a uma festa infantil, na casa do tio, Luiz Carlos Casagrande, o “Casinha”, gerente de Marketing do Paraná Clube. Quando ela desceu do carro com o filho pequeno, se deparou com dois marginais no portão da residência.

Arma

Ana foi rendida e, quando um dos bandidos percebeu que ela estava armada, tentou pegar a arma e na confusão acertou três tiros na vítima, que caiu sobre o filho. Enquanto isso, o outro marginal entrou no carro do casal. Sérgio efetuou vários tiros, que acertaram o para-brisa do carro e o bandido, pois havia manchas de sangue no banco do motorista.

Um Xsara Picasso com outros dois rapazes passaram pelo local, recolheram os dois bandidos, inclusive o ferido e saíram em alta velocidade. Enquanto Ana foi socorrida pelo Siate e encaminhada ao Hospital Cajuru, os policiais militares do 20.º Batalhão avisaram hospitais de Curitiba e região que havia um bandido baleado, que poderia chegar a qualquer momento pedindo socorro.

Pronto-socorro

Segundo a tenente Aline Canfild, quatro rapazes chegaram com o ferido ao Hospital do Trabalhador. Quando foram abordados pelos policiais que fazem a segurança do hospital, eles novamente trocaram tiros. Para fugir, renderam um médico que entrava em um Palio cinza e o levaram refém. A vítima foi abandonada no terminal do Pinheirinho, e o marginal ferido foi deixado no posto de saúde do bairro. Investigadores da Delegacia de Furtos e Roubos trabalham no caso.

Fim da festa

“Casinha” disse que toda a família estava reunida para receber os convidados e festejar o aniversário do neto. “Ouvimos o barulho da campainha e, logo em seguida, os tiros. Não deu tempo de ver nada, foi tudo muito rápido. Quando a gente chegou ao portão, ela já estava caída em cima da criança. Sérgio foi atropelado e os marginais fugindo em alta velocidade”, contou.

Ele disse que já conversou com vizinhos e pretende criar um sistema de segurança na rua. “A polícia chegou rapidinho e a gente sabe de todas as deficiências. Vamos torcer para que minha sobrinha se recupere logo e pensar em um sistema de monitoramente, onde um vizinho cuida do outro”.