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Autoridades estudam remoção de explosivos em Bocaiúva do Sul

Autoridades de segurança estudam a remoção dos explosivos que continuam na fábrica Explopar, em Bocaiúva do Sul, onde ocorreu uma forte explosão por volta das 15 horas deste sábado (8), no bairro Aterradinho.

Segundo informações da delegacia de Polícia Civil do município, calcula-se que há cerca de 30 toneladas de dinamite no local.

A operação está sendo feita em uma força-tarefa da polícia, Corpo de Bombeiros e Exército. Segundo o investigador Fábio Reinaldo Domingues dos Santos, os riscos de uma nova explosão foram controlados. “A preocupação maior é com a possibilidade de furto”, explica. O local foi isolado pelas autoridades.

Investigações

A polícia trabalha com a possibilidade de a explosão ter sido causada por um incêndio criminoso. Segundo Santos, há indícios de que o incêndio do caminhão que provocou a detonação foi deliberado. Ele não informou quais poderiam ter sido as motivações.

O advogado Caio Fortes de Matheus, responsável pela defesa do dono da Explopar, diz que funcionários da empresa viram os pneus do veículo pegando fogo. “O caminhão estava parado há três ou quatro dias, então seria impossível haver combustão natural e espontânea. A convicção da empresa, por ter adotado todas as obrigações de segurança, é de que foi uma ação criminosa”, diz. “O proprietário está atônito, em estado de choque. E ele tenta buscar hipóteses do que possa ter acontecido.”

O dono da empresa, Milton Lino Silva, continua preso em flagrante por crime de explosão e danos ao patrimônio público. Segundo a polícia, até agora foram abertos por moradores da região afetada 80 boletins de ocorrência relacionados a danos. “Não morreu ninguém por um milagre. Voaram peças do caminhão e pedras por toda a Vila Angélica. Muitas casas foram completamente devastadas”, conta o investigador Santos.

Moradores

A Defesa Civil está atendendo aos moradores da área afetada pela explosão, concentrada no conjunto de Vila Angélica, que fica nas proximidades da fábrica.

Segundo o coordenador do órgão em Bocaiúva do Sul, André Rego, foram observados danos consideráveis num raio de dois quilômetros. “A onda de choque destelhou casas, quebrou janelas e chegou a destruir residências inteiras”, conta.

Quatro pessoas de uma mesma família estão desabrigadas. Segundo o coordenador, cerca de 150 pessoas estão desalojadas. A Defesa Civil trabalha na realocação das famílias e distribuição de lonas para os afetados desde a manhã deste domingo.