Sem buracos!

Asfalto na Estrada do Ganchinho é arrumado após reclamações e briga na Justiça

Obras Estrada do Ganchinho
Foto: Átila Alberti - Tribuna/Hully Paiva - SECOM

Com buracos que causavam indignação há anos em quem passava pela região, um trecho de 500 metros da Estrada do Ganchinho, no bairro Sítio Cercado, em Curitiba, foi recuperado. O reparo, feito pela prefeitura, ocorre após uma polêmica envolvendo o município e a concessionária Arteris Litoral Sul.

A reparação no local começou um dia após a publicação de uma reportagem da Tribuna do Paraná, que registrou reclamações de moradores do bairro por conta dos inúmeros buracos na via e revelou problemas judiciais no trecho.

Secretário municipal de Obras Públicas, Luiz Fernando Jamur, afirma que a situação do asfalto estava muito ruim e não havia como seguir apenas com ações de “tapa-buraco”, como vinha sendo feito para minimizar a situação.

Na reportagem da Tribuna, publicada no dia 23 de julho, o mecânico Marcelo Manoel da Silva demonstrou indignação com o problema. Cansado da situação, ele resolveu ajudar despejando nos buracos cinco carretinhas de caliça.

Para o frentista Elson Rodrigues, de 58 anos, o problema não era solucionado porque apenas “colocavam terra”. “Precisam colocar máquina para trabalhar. Como o asfalto foi mal feito, passa caminhão pesado ali e não aguenta”.

Segundo o secretário, desta vez, foi realizada uma drenagem complementar, uma passagem elevada e toda a sinalização. “Assegurando uma condição de qualidade de trafegabilidade naquele trecho”, diz Jamur.

Brigas atrasaram melhorias na Estrada do Ganchinho

Segundo o secretário, a obra foi iniciada após uma decisão judicial permitir que a prefeitura realizasse os trabalhos no local. De acordo com o município, a responsabilidade legal pela manutenção da via é da Arteris.

Apurado pela reportagem, o local é área de domínio da concessionária Arteris Litoral Sul. Entretanto, em um acordo particular, a concessionária permitiu que a empresa Debema Administração e Participações construísse na região, sob a condição de que o asfalto no local fosse de sua responsabilidade. A fiscalização desta manutenção, bem como a garantia do serviço, seria dessa empresa.

No entanto a Debema teria contratado outra empresa para realizar o serviço, que foi entregue e aprovado. Problemas no asfalto começaram a aparecer, gerando uma disputa judicial entre a Debema e a empresa contratada, assim como entre a Arteris e a Debema.

A Tribuna tentou contato com a empresa Debema, mas não obteve sucesso até a publicação desta reportagem e segue aberta para eventual posicionamento.

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