Frio

Além do coronavírus, Curitiba prepara leitos para doenças respiratórias no inverno

Moradores usam máscaras na Rua XV, em Curitiba, durante a pandemia do coronavírus. Foto: Lineu Filho / Tribuna.

Todos os anos, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Curitiba se prepara no inverno para atender doenças do trato respiratório, que têm um aumento significativo com a chegada do frio. Anualmente, Curitiba atende em média cerca de 400 mil casos de doenças respiratórias nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e Unidades Básicas de Saúde (UBS). Esse ano, porém, a prefeitura vai enfrentar além das doenças sazonais a pandemia do novo coronavírus. E para atender a todos, a prefeitura fez um remanejamento de leitos em todas as unidades de saúde e hospitais.

“A média de internação por dia em Curitiba, antes do coronavírus, era em torno de 450. Eram internações por acidentes de trânsito, violência, infartos, AVC, cirurgias eletivas e outras emergências. Em março, esse número de internações caiu para 350. Só aí temos essa folga de 130 leitos por dia, e estamos ampliando isso”, esclarece a secretaria municipal de Saúde, Márcia Huçulak.

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Em 2019, os casos de síndrome respiratória aguda grave resultou em 103 mortes em Curitiba. Dessas, 25 foram recorrentes de quatro diferentes tipos de vírus influenza. O novo coronavírus, que chegou oficialmente em Curitiba no dia 11 de março, registrou 614 casos de pessoas infectadas pela covid-19 até sexta-feira, 1º de maio. Destas 464 já estão recuperadas e 23 mortes foram confirmadas. .

Telemedicina

Para facilitar o diagnóstico sem a necessidade dos pacientes se deslocarem para uma unidade de saúde, a prefeitura criou uma central de atendimento com informações sobre o novo coronavírus. Pelo número (41) 3350-9000, das 8 às 23 horas, é possível tirar dúvidas sobre principais sintomas e até receber uma teleconsulta com um médico por videoconferência. Curitiba foi a primeira capital do país a adotar essa nova modalidade de atendimento aos pacientes e atende em média 900 ligações por dia.

Capital preparada 

Para evitar qualquer colapso no sistema público de saúde curitibano, a secretária da saúde Márcia Huçulak revelou que as medidas de isolamento têm sido cruciais para manter o controle da propagação da doença.

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“Desde o início da pandemia, a prefeitura tem feito a divulgação das medidas de precaução da doença, como manter a distância e o isolamento social, higienização das mãos e uso do álcool gel. Tudo isso tem feito a diferença desde o início”, afirma. Para a secretária, manter o isolamento é fundamental para garantir atendimento a todos.


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