Colombo

Acusado de matar cobrador é preso e chora

Wellington Macedo de Oliveira, 18 anos, o “Japonês”, confessou ter matado o cobrador Osaias Caldeira da Silva, de 31 anos, no assalto a um ônibus da linha Guaraituba-Cabral, na Estrada da Ribeira, em Colombo, na noite de domingo (26). “Matei porque ele reagiu. Aviso para os outros que não é para reagir, porque se reagir vai ser morto. Os caras só querem o dinheiro, entrega logo, senão vem outro igual a mim que vai matar mais um”, aconselha Wellington.

Ele foi preso próximo de sua casa, na Rua Pedro do Rosário, Vila Maria do Rosário, também em Colombo. “Ele com a mesma roupa do dia do crime, quando o vimos passando pela rua”, conta o investigador Talles, da delegacia do Alto Maracanã. Antes, os policias tinham ido à casa do suspeito.

Arrependimento

Wellington disse estar arrependido, que não queria matar, mas se viu obrigado quando o Osaias o segurou. “Dei uma coronhada nele, mas ele continuou vindo para cima. Não queria me deixar sair, aí atirei”, relembra.

O delegado Silvan Pereira contesta a versão que a vítima segurou o bandido. Segundo ele, as portas do ônibus estavam abertas e Wellington não deixou o ônibus porque não quis. “O motorista abriu as portas assim que eles pediram. Ele atirou por atirar”, analisa Silvan.

Decepção

A polícia ainda procura por Fabiano Ferreira de Oliveira, 27 anos, foragido da Colônia Penal Agroindustrial (CPAI) e suspeito de ter participado do assalto.

Enquanto Wellington era apresentado, em frente à delegacia, o pai de Fabiano protestava contra a ação da polícia. Investigadores foram até o endereço com mandado de prisão para Fabiano, mas o pai não aceitou a suspeitas sobre o filho. “Ele não é bandido, não é ladrão. Vocês invadiram minha casa”, berrava o homem, que não quis se identificar.

Átila Alberti
Wellington, de “conselheiro” a matador arrependido.