Banco de dados inédito

1º mapeamento de abrigos de animais do Brasil é feito por pesquisadores da UFPR

abrigo caes
Foto: Freepik.

Pesquisadores da UFPR desenvolveram uma projeto que está mapeando abrigos de animais de todo o Brasil, para o desenvolvimento de políticas públicas que reduzam o abandono de animais de estimação e promovam a adoção no país. A iniciativa batizada de Medicina de Abrigos Brasil – Infodados de Abrigos de Animais é pioneira no país, sendo o primeiro mapeamento e banco de dados dos abrigos brasileiros de cães e gatos.

Segundo um dos idealizadores, o veterinário Lucas Galdioli, especializado em Medicina Veterinária do Coletivo pela UFPR, a iniciativa é idealizada por pesquisadores vinculados ao Departamento de Medicina Veterinária da UFPR e surgiu como uma forma de suprir a necessidade de promover a ciência da Medicina de abrigos no país. “De forma geral, nossa missão é promover a ciência da medicina de abrigos no Brasil e ser um banco de dados nacional centralizado e padronizado para estatísticas de abrigos de animais”, explica.

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Ainda segundo ele, dessa forma, será possível garantir melhores práticas nesses ambientes. Realizar o monitoramento contínuo do número de admissões e saídas de cães e gatos em abrigos; fornecer às organizações de animais informações necessárias que possam agilizar e dinamizar as operações de acordo com as necessidades de sua comunidade; avaliar resultados das estratégias de manejo existentes de cães e gatos abandonados e que estão em situação de rua; e facilitar a alocação eficaz de recursos do governo e em organizações de bem-estar animal.

O projeto ainda tem a participação da veterinária Yasmin Rocha, mestre em Ciências Veterinárias pela UFPR, e da também veterinária Rita de Cassia Maria Garcia, professora doutora em medicina veterinária pela Universidade de São Paulo (USP).

Objetivos

Além do mapeamento propriamente dito, que inclui a formação de um banco de dados nacional da dinâmica populacional dos cães e gatos de abrigos públicos, privados, mistos e protetores independentes/lares temporários, o projeto quer difundir a Ciência da Medicina Veterinária de Abrigos, permitindo o acesso às pesquisas e literaturas acerca do tema e dar subsídios para colaboradores e profissionais atuantes para fornecer maior qualidade de vida aos animais, além de prevenir e combater o abandono. E também permitir a interação entre abrigos e voluntários.

Como funciona o cadastro?

Podem participar do cadastro abrigos, ONGs ou protetores independentes. É preciso acessar do site Medicina de Abrigos Brasil – Infodados de Abrigos de Animais e registrar os dados da população de animais mensalmente. Um vídeo postado o Youtube explica o passo a passo do cadastro.

Veja o vídeo sobre o cadastro:

Segundo os pesquisadores, a iniciativa foi financiada por meio de uma chamada pública da Fundação Araucária, Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI) e Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo do Paraná (SEDEST).

“O nosso objetivo é crescer, ser um banco de dados nacional centralizado e padronizado para estatísticas de abrigos de animais. Sabemos que é um projeto a médio e longo prazo até conscientizarmos sobre a importância da coleta de dados, conseguirmos ter coleta mensal da dinâmica populacional e ter o mapeamento de todos os abrigos”, finaliza Galdioli.