Cruz Vermelha Brasileira quer aumentar o número de voluntários

Rio de Janeiro – A Cruz Vermelha Brasileira quer aumentar o número de voluntários para melhorar o atendimento humanitário prestado no país. De acordo com o secretário-geral da instituição, José Maria Fonseca, os cerca de 10 mil voluntários trabalhando nas 53 filiais estaduais e municipais da Cruz Vermelha é insuficiente, já que todo o trabalho da organização é baseado no voluntariado.

?É muito pouco, a extensão do nosso território exigiria que tivéssemos muito mais, um número satisfatório seria 30 mil?, avaliou Fonseca. Para ajudar a triplicar o número de voluntários, a instituição pretende aumentar em 50% as filiais nos municípios brasileiros até 2008.

Fonseca participa no Rio de Janeiro de um seminário que reúne desta segunda-feira (25) até sexta-feira (29) delegações das 10 sociedades nacionais da Cruz Vermelha na América Latina. O objetivo é identificar tendências de vulnerabilidades no continente e trocar experiências para definir iniciativas coordenadas a serem realizadas nos próximos dois anos, em vários setores como saúde, educação, na resposta a desastres e comunicação.

Segundo o presidente da Cruz Vermelha Brasileira, Luiz Fernando Hernandéz, o encontro vai permitir ?o estudo de alianças operacionais que possibilitarão o desenvolvimento da instituição e o seu trabalho em favor das pessoas mais vulneráveis?.

Para o presidente do Comitê Regional Interamericano da Cruz Vermelha, Abel Peña Lillo, a maior dificuldade da ajuda humanitária na América Latina é a falta de apoio dos governos. ?O Estado em nossos países habitualmente ajuda muito pouco as sociedades nacionais da Cruz Vermelha, e assim nossa capacidade de trabalho fica reduzida?, reclamou Lillo.

Segundo ele, essa situação faz com que seja preciso recorrer a recursos próprios ou a instâncias internacionais como a Federação Internacional de Sociedades da Cruz Vermelha e da Crescente Vermelho (nome que a Cruz Vermelha tem nos países islâmicos), que recebe ajuda principalmente de países desenvolvidos.

?Sabemos o que temos que fazer, onde fazer, mas o dinheiro tem sido uma limitação importante?, disse.

Hoje, a Cruz Vermelha conta com cerca de 1 milhão de voluntários distribuídos em 183 sociedades nacionais em todo o mundo.

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