Crescimento do PIB é conseqüência da estabilidade, diz secretário

O crescimento do PIB que vem sendo confirmado com a divulgação dos indicadores do IBGE é, na avaliação do secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, conseqüência de curto prazo da estabilidade macroeconômica conquistada pelo Brasil. No entanto, Appy, que participou, há pouco, do seminário de mercado de capitais que se realiza em Brasília, destacou que o País ainda não está se beneficiando dos efeitos de longo prazo que esta estabilidade macroeconômica proporciona.

“A estabilidade macroeconômica traz benefícios de longo prazo que não colhemos ainda, e eles estão por vir”, disse o secretário. Um desses benefícios, segundo ele, é uma mudança na forma de atuação das empresas, que deixariam de ter uma posição tão defensiva com medo de perdas financeiras e passariam a arriscar mais, investindo na produção. Outro ganho que a estabilidade macroeconômica pode trazer é o repasse dos ganhos de produtividade das empresas, em função de uma maior concorrência, para o consumidor.

Appy ressaltou ainda que, ao contrário do que aconteceu nos últimos anos, o Brasil tem, hoje, condições de suportar muito melhor adversidades no cenário tanto externo quanto interno. “Hoje, o risco de grandes flutuações macroeconômicas, seja uma alta forte dos juros ou uma desvalorização do câmbio, é muito menor do que foi no passado”, afirmou.

“O País ainda tem risco.Não somos invulneráveis. Nunca dissemos isso. Mas o risco de perda é muito menor do que foi no passado”. Um dos problemas destacados pelo secretário que o País ainda enfrenta é a dívida pública elevada. O secretário disse ainda que, a não ser “em um cenário de absoluta catástrofe”, que ele acredita ser muito pouco provável, o Brasil tem condições de crescer de forma continuada, nos próximos anos. Com relação à pressão sobre a inflação, neste momento de maior crescimento da economia, Appy afirmou que a política monetária do governo tem sido gerida para controlar os índices de preços no curto prazo e que “toda a política econômica é construída de forma a garantir crescimento com inflação baixa no longo prazo.

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