Cresce total de matriculados no ensino superior no País

O número de pessoas matriculadas no ensino superior cresceu no País entre 2005 e 2006. O último Censo do Ensino Superior, divulgado nesta quarta-feira (19) pelo Ministério da Educação, mostra que a taxa de escolaridade líquida – que considera apenas os jovens de 18 a 24 anos – passou de 10,9% para 12,1%. Mesmo pequeno, o crescimento é comemorado pelo MEC. É o maior registrado nos últimos anos.

"Nas décadas de 80 e 90 a taxa esteve estagnada em torno de 9%. Voltou a crescer agora. Apenas isso é uma boa notícia", afirmou Reynaldo Fernandes, presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep). A taxa mostra que mais jovens na idade correta estão chegando ao ensino superior. Mas há também mais pessoas no ensino superior. A taxa de escolaridade bruta – calculada considerando-se todas as pessoas matriculadas, independentemente da idade, em relação ao número de jovens – também cresceu. Passou de 18,2% para 20,1%.

O ensino superior, no entanto, mantém ainda as desigualdades regionais. Na região Sul, a taxa de escolaridade líquida é de 17 1%, a mais alta do País. Nas regiões Sudeste e Centro-oeste, a taxa atingiu 14%. As regiões Norte e Nordeste não chegam à metade disso, ficando abaixo de 7%. Boa parte desse crescimento do ensino superior pode ser creditado ao aumento dos cursos de graduação a distância. O censo mostra que as matrículas nesse tipo de ensino cresceram mais de 315% entre 2003 e 2006. O número de cursos oferecidos teve uma evolução de 571%.

No entanto, apesar do investimento que o governo federal pretende fazer em cursos a distância, a maior parte desse crescimento ainda ocorre em instituições privadas. Isso porque o censo, ainda com dados de 2006, não conta as vagas criadas pela Universidade Aberta do Brasil (UAB), que entrou em funcionamento apenas este ano. Foram contadas apenas as vagas do programa Pro-Licenciatura, de formação de professores. "Até fevereiro teremos 45 mil alunos na UAB. Até 2009 pretendemos chegar a 200 mil", afirmou Carlos Bielschowsky, secretário de ensino a distância do MEC.

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