A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Correios deve ouvir na próxima semana representantes das corretoras Bônus-Banval, Breno Fishberg, e da Guaranhuns, José Carlos Batista. O depoimento de Fishberg está marcado para quarta-feira (1) e o de Batista, para o dia seguinte (2).
A Guaranhuns é suspeita de lavagem de dinheiro e de remessa irregular de divisas para o exterior. Também é apontada como intermediária, junto com a corretora Bônus-Banval, de repasses de dinheiro das empresas de Marcos Valério Fernandes de Souza para partidos políticos.
Na próxima segunda-feira (30), a sub-relatoria de Fundos de Pensão vai ouvir Isaac Sassoun e Cezar Sassoun, representantes da corretora Laeta S/A Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários. No dia seguinte, serão ouvidos representantes de outra corretora, a Euro, Sérgio de Moura Soeiro, Jorge Luiz Gomes Chrispim e João Luiz Ferreira Carneiro. A CPMI investiga operações suspeitas em 14 fundos de pensão.
O sub-relator da comissão, deputado Antônio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA) afirmou este mês que 74% das operações feitas com recursos dos fundos de pensão geravam perdas para os respectivos fundos. Os dados apresentados pelo parlamentar mostram também que, quando os resultados das operações com títulos dos fundos de pensão são negativos, eles se concentram em dez operadoras. No caso de resultados positivos, as operações foram feitas por 36 operadoras.
A sub-relatoria de Normas de Combate à Corrupção pretende ouvir na próxima terça-feira (31) Cláudio Abramo, da organização não-governamental Transparência Brasil, e na quinta-feira (2), David Falcão, presidente do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal); Edson de Araújo Lobo, gerente-geral da Unidade Gestão da Segurança do Banco do Brasil. A sub-relatoria de Normas, criada em dezembro de 2005, vai elaborar propostas que possam de combate à corrupção e lavagem de dinheiro.
Na próxima semana, as investigações da CPMI vão se estender aos Estados Unidos. O relator da comissão, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), e os relatores adjuntos, deputados Eduardo Paes (PSDB-RJ) e Maurício Rands (PT-PE), viajam àquele país para buscar informações sobre as contas do publicitário Duda Mendonça no exterior. Eles devem ir à Promotoria Distrital de Nova Iorque, ao Departamento de Justiça, na capital norte-americana, Washington, e à Procuradoria de Miami.