Costa diz que foi avisado de problemas com a Planam

O ex-ministro da Saúde Humberto Costa afirmou há pouco, na CPMI das Sanguessugas, que seu primeiro contato com Luiz Antônio Vedoin ocorreu no dia 26 de fevereiro de 2003, quando o então deputado Benedito Domingos o levou a uma audiência para discutir o acerto de restos a pagar de convênios firmados em 2002. Segundo o ex-ministro, ele lembrou que havia um decreto presidencial listando todos os requisitos para que esses pagamentos fossem efetuados, e a Planam cumpria todos os pré-requisitos. "Se a empresa tivesse um assessor minimamente qualificado, ela saberia que não precisava pagar propina a nenhum deputado, porque ela já cumpria as exigências para o recebimento", disse Humberto Costa.

Sem citar datas, o ex-ministro disse ainda que tomou conhecimento de irregularidades cometidas pela Planan quando o Ministério Público de Mato Grosso enviou à Diretoria de Convênios do Ministério da Saúde em Mato Grosso um ofício pedindo a suspensão dos repasses de recursos do Fundo Nacional de Saúde a uma série de municípios do estado, por suspeita de compra de ambulâncias superfaturadas. No documento, o Ministério Público, segundo Humberto Costa, citava a Planam e outra empresas ligadas ao grupo como participantes desse suposto esquema.

O ex-ministro afirmou que todos os repasses foram suspensos em seguida e que foi criado um grupo de trabalho para discutir a ampliação do controle na compra dessas unidades móveis de saúde.

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