Copel e Operador Nacional começam a operação compartilhada de usinas

A partir desta quarta-feira (12), a Copel passa a compartilhar com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) a operação das suas grandes usinas geradoras, cumprindo o que foi combinado entre as instituições no memorando de entendimentos assinado no último dia 6, em Curitiba.

O controle conjunto das usinas irá se estender por dois meses numa espécie de transição entre os centros da Copel, localizado em Curitiba, e do ONS, instalado em Florianópolis. As regras operativas atuais, que incluem restrições operacionais fixadas pela Copel, vão ser mantidas. ?O acordo estabelecido com o ONS assegura à Copel o direito de manter estreita vigilância sobre a forma de operação das suas usinas, garantindo a integridade daqueles importantes ativos?, afirmou o diretor de Geração e Transmissão de Energia da estatal, Raul Munhoz Neto.

A Copel também teve garantido o direito de continuar operando os reservatórios das suas principais hidrelétricas e controlar o nível de armazenamento dos lagos, seguindo os seus critérios e parâmetros de segurança. Três das usinas estão no Rio Iguaçu: Bento Munhoz da Rocha Netto (Foz do Areia), Ney Braga (Segredo) e José Richa (Salto Caxias). A lista é completada por Parigot de Souza (Capivari-Cachoeira).

Patrimônio ? O assunto foi objeto de exposição ao governador Roberto Requião na Escola de Governo desta terça-feira (11) e saudado pelo deputado Rafael Greca como uma importante conquista do Paraná. ?Conseguimos manter nas competentes mãos da Copel as principais funções operacionais das usinas instaladas no Paraná e preservar um rico patrimônio técnico e intelectual que levou mais de meio século para ser formado?, ilustrou o deputado.

Durante a fase de discussões da transferência da operação das usinas paranaenses para o centro operacional do ONS em Florianópolis, Rafael Greca foi uma das primeiras vozes a questionar a legitimidade da medida, chegando a levá-la por meio de uma ação popular à apreciação da Justiça. ?Felizmente, essa mobilização conseguiu inspirar as autoridades do setor elétrico e produzir o acordo que garante ao ONS cumprir suas atribuições e à Copel, o direito de continuar usando todo seu conhecimento para operar, com segurança e zelo, os lagos das suas principais hidrelétricas?.

Contatos ? Além da operação dos reservatórios, um ponto importante consensado no memorando de entendimentos entre Copel e ONS é que os contatos entre os operadores das instituições continuará sendo feito por intermédio do Centro de Operação do Sistema e do Centro de Operação da Geração da estatal. O entendimento anterior era que o Centro Regional do ONS, baseado em Florianópolis, passaria a atuar e a interferir diretamente nas usinas e subestações da Copel.

Também foi estratégico para a estatal paranaense o compromisso assumido pelo ONS de continuar a repassar-lhe, via Centro de Operação do Sistema, as informações em tempo real das condições de funcionamento do sistema elétrico interligado nacional. ?Ter esses dados é fundamental para que possamos monitorar a operação do nosso próprio sistema elétrico com absoluta confiabilidade?, argumentou o diretor Raul Munhoz Neto.

O controle automático da geração, processo que visa garantir minuto a minuto o equilíbrio entre oferta e demanda de energia elétrica dentro do sistema interligado regional, vai ser feito de maneira compartilhada durante dois meses, até passar em definitivo ao centro de operação do ONS em Florianópolis. A Copel vai ter assegurado o acesso às informações para exercer vigilância, precavendo-se para proteger seus equipamentos e instalações de qualquer operação inapropriada.

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