Copel continua a operar os reservatórios de suas usinas

A Copel firmou nesta quinta-feira (6) com o Operador Nacional do Sistema Elétrico ? ONS, um memorando de entendimentos que assegura à estatal paranaense o direito de continuar operando os reservatórios das suas principais hidrelétricas, três delas localizadas no rio Iguaçu ? Bento Munhoz da Rocha Netto (Foz do Areia), Ney Braga (Segredo) e José Richa (Salto Caxias) ? e ainda a usina Parigot de Souza (Capivari-Cachoeira).

Com o acordo, a estatal mantém a responsabilidade e a atribuição de controlar o nível de água armazenada nos reservatórios em situações de emergência segundo as suas regras e as suas normas operacionais. ?Estamos garantindo tranqüilidade e segurança às comunidades instaladas ao longo dos rios, principalmente o Iguaçu?, observou o presidente Rubens Ghilardi. ?Os critérios de operação adotados pela Copel, além de muito bem conhecidos, são altamente confiáveis em razão da nossa experiência acumulada?, disse.

Além de Ghilardi, assinou o memorando pela Copel o diretor de geração e transmissão de energia, Raul Munhoz Neto e pelo ONS, o seu diretor-geral Hermes Chipp, o diretor de operação Luiz Eduardo Barata Ferreira e o diretor de planejamento Dárico Livi.

Durante dois meses, os centros de operação da Copel e do ONS trabalharão em paralelo, numa espécie de período de transição ao final do qual cada um assume em definito suas atribuições.

Soberania

A operação dos reservatórios e outros pontos relevantes para assegurar a continuidade da operação do seu sistema elétrico e também para garantir a integridade dos ativos da Copel em geração e transmissão de energia vinham sendo discutidos e negociados há um ano.

Em março de 2005, a Aneel estabeleceu a descontratação dos centros operacionais de empresas que vinham prestando serviço ao ONS enquanto ele próprio se preparava para assumir tais atribuições. Na região Sul, seriam descontratados os centros de operação da Copel e da CEEE (Rio Grande do Sul).

Igualmente nas demais regiões do Brasil, os centros contratados foram revertendo algumas responsabilidades para o ONS. O conhecimento dominado pela Copel quanto às peculiaridades e particularidades dos ciclos hidrológicos do rio Iguaçu reforçaram a convicção de que era necessário abrir canais de articulação e negociação entre o ONS e a Copel. ?Acredito que conseguimos chegar a uma solução de bom termo?, avaliou o diretor de geração e transmissão da Copel, Raul Munhoz Neto. ?O memorando que assinamos manteve as responsabilidades e as atribuições que cabem a cada agente, ONS e Copel, para o melhor controle das instalações?.

Tempo real 

Além da operação dos reservatórios, outro ponto importante consensado entre a Copel e o ONS é que os contatos entre operadores das duas instituições continuará sendo feito por intermédio do Centro de Operação do Sistema e do Centro de Operação da Geração da estatal. O entendimento anterior era que o Centro Regional do ONS, baseado em Florianópolis, passaria a atuar e a interferir diretamente nas usinas e subestações da Copel.

Também foi estratégico para a estatal paranaense o compromisso assumido pelo ONS de continuar a repassar-lhe, via Centro de Operação do Sistema, as informações em tempo real das condições de funcionamento do sistema elétrico interligado nacional. ?Ter esses dados é fundamental para que possamos monitorar a operação do nosso próprio sistema elétrico com absoluta confiabilidade?, argumentou Raul Munhoz Neto.

O controle automático da geração, processo que visa garantir minuto a minuto o equilíbrio entre oferta e demanda de energia elétrica dentro do sistema interligado regional passa a ser feito pelo ONS em Florianópolis. De todo modo, a Copel terá assegurado o acesso às informações para exercer vigilância, precavendo-se para proteger seus equipamentos e instalações de qualquer operação inapropriada.

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