Coordenador do MLST em Pernambuco diz que violência não foi planejada

O coordenador regional do Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST) em Pernambuco, Paulo Del Castilo, disse hoje (7) que os atos de violência cometidos ontem (6) na Câmara dos Deputados não foram planejados. Castilo considerou "lamentável" a forma como o protesto aconteceu, com depredação do patrimônio público e agressões físicas.

"Em nenhum momento foi montada uma estratégia para depredar o patrimônio público, causar pânico ou tumultuar o Congresso. A intenção do vandalismo não existia, deve ter sido decorrente das circunstâncias", afirmou o coordenador do MLST em Pernambuco.

De acordo com ele, os trabalhadores saíram de seus estados com intenção de apresentar aos parlamentares reivindicações justas. Uma delas seria a revogação da medida provisória exclui da reforma agrária, por dois anos, as propriedades rurais invadidas por sem-terra. A partir dessa imposição, os trabalhadores teriam sido obrigados a acampar nas estradas próximas às propriedades improdutivas, sujeitos a acidentes e atentados.

Em Pernambuco, o MLST possui 600 famílias assentadas e, 300, vivendo em acampamentos de lona. O movimento surgiu em agosto de 1997 e é formado por militantes de esquerda e por ex-lideranças do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

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