Conversão de veículos para GNV cresce 41% em outubro

A polêmica envolvendo a possível falta de gás natural no País nos últimos meses não tem inibido a conversão de veículos para o uso do gás natural veicular (GNV). Segundo dados do Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP), a conversão desses veículos em outubro registrou aumento de 41% em relação a outubro do ano passado, atingindo cerca de 25 mil automóveis, aproximando-se do recorde de conversões registrado em janeiro, quando atingiu 25.715 unidades. Com isso a frota brasileira movida a GNV subiu para 1,277 milhão de veículos. O total convertido este ano subiu para 225 mil veículos até outubro, o que já supera o total registrado em todo o ano passado, quando o 216 mil automóveis foram convertidos. Considerando-se o período de dez meses (janeiro a outubro), o aumento este ano está em torno de 21,3%.

Pelos dados do IBP, mesmo com a queda nos preços do álcool nos últimos meses, o GNV continuou oferecendo mais vantagens ao usuário do veículo convertido. Enquanto o litro do álcool hidratado era negociado no varejo ao redor de R$ 1,494, o metro cúbico de GNV saia por R$ 1,261, o que garantia uma vantagem de 15% para o veículo convertido, em termos de uso de combustível. Em relação à gasolina, com a média dos preços no varejo atingindo R$ 2,526 por litro, o motorista tinha uma economia de cerca de 50%, observa o IBP. Com o aumento da frota, o consumo de gás natural pelo setor automotivo subiu para 6,8 milhões de metros cúbicos diários em outubro, com a média de 154 mil metros cúbicos por cada posto. Ao todo, segundo o IBP, o País já dispõe de 1.320 postos equipados para fornecer GNV.

O Rio de Janeiro é o Estado com maior número de veículos convertidos a gás natural, representando cerca de 41% do total, seguido de São Paulo, com 25%. Os dois maiores Estados brasileiros respondem por dois terços dos carros convertidos, mas os dados do IBP mostram que outros 14 Estados brasileiros já têm veículos convertidos a GNV. Minas Gerais, por exemplo, tem 5% da frota de GNV do País, seguido do Estado da Bahia e de Santa Catarina (participação de 4%).

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