Conta do país com o exterior teve saldo recorde de US$ 14,2 bilhões

Brasília ? O Brasil fechou 2005 no azul, com um superávit de US$ 14,2 bilhões na conta corrente. Nessa contabilidade entram todos os pagamentos feitos ao exterior, assim como os pagamentos recebidos.

Os juros e empréstimos pagos aos bancos estrangeiros, por exemplo, são despesas de conta corrente. Do outro lado da conta, o das receitas, entram as vendas dos exportadores. O saldo deste ano foi um recorde, de acordo com nota divulgada pelo Banco Central.

Dentro da contabilidade anual, merece destaque o mês de dezembro porque houve um despesa muito alta: foram os US$ 10,8 bilhões de um empréstimo feito ao fundo Monetário Internacional, no valor total de US$ 15,5 bilhões.

De acordo com o contrato entre o Brasil e o Fundo, o governo não precisava ter feito pagamento nenhum em dezembro passado: o débito vence apenas no final deste ano. A opção pelo pagamento, conforme o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em rede nacional de rádio e televisão, foi provar que o país não depende de empréstimos externos para continuar crescendo.

Mesmo com o pagamento feito ao fundo, houve saldo de US$ 570 milhões na conta corrente de dezembro, segundo informou hoje o Banco Central em nota.

A nota também detalha outros ítens da conta de dezembro. O setor de serviços, por exemplo, ficou negativo, em dezembro, em US$ 878 milhões. Em dezembro de 2004 esse setor também havia ficado negativo, em US$ 641 milhões. Como se vê, o déficit deste ano aumentou, mostrando que o país está gastando muito em serviços contratados no exterior: gasta mais do que ganha vendendo serviços.

Viagens internacionais foram outro ítem deficitário: o país gastou US$ 37 milhões do que recebeu de turistas e outros viajantes do exterior. No ano todo, o déficit foi de US$ 858 milhões, em 2005. Mesmo assim, segundo a nota do Banco Central, as receitas com viagens estão em alta: o país recebeu US$ 3,9 bilhões nessa rubrica, um aumento de 19,8% sobre 2004.

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