Consumidores estão cautelosos com compras

São Paulo – Os consumidores da região metropolitana de São Paulo passaram a ser mais cautelosos no planejamento das compras. É o que aponta a pesquisa da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomércio), que mede o grau de confiança dos consumidores na economia do país. Calculado mensalmente junto a 1.050 pessoas, o levantamento mostra que o Índice de Confiança do Consumidor (ICC), em março, ficou 8,60% abaixo do mês passado, fechando em 115,79 pontos, a menor marca desde novembro do ano passado.

De acordo com a análise da assessoria econômica da Fecomércio, essa queda está associada ao ?momento político conturbado pelo qual está passando o governo Lula? e também ao alto nível de desemprego e perda do poder aquisitivo. Mesmo assim, a pontuação demonstra que o consumidor ainda está otimista. Numa escala que vai de zero (pessimismo total) a 200 (otimismo total), a apuração se manteve acima dos 100 pontos.

A pesquisa mostra ainda que as mulheres estão menos otimistas do que os homens. Enquanto elas reduziram a confiança em 9,21%, eles apresentaram uma diminuição de 7,93%. Por faixa etária, houve queda de 9,30% entre os jovens com até 34 anos de idade e de 7,72% entre os consumidores acima de 35 anos. Também se mostraram mais céticas as pessoas com renda de até dez salários mínimos, ficando com taxa de variação negativa de 8,48%, enquanto a oscilação de recuo se manteve em 7,71% entre os que recebem mais de dez salários mínimos.

Em relação à intenção de compras nos próximos 60 dias, 24% dos entrevistados responderam que estão dispostos a adquirir algum bem nesse curto prazo, contra um universo de 29,8% em fevereiro último. Esse comportamento, conforme a análise da Fecomércio, indica que dificilmente as vendas no varejo serão retomadas em 2004.

Os produtos mais listados no planejamento de compras são o computador, máquina fotográfica, videocassete/DVD, televisão e geladeira. O celular, que antes figurava entre os primeiros itens, passou para a sexta posição entre os nove bens constantes da pesquisa.

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