Conselho cria plano de crescimento com foco na renda

O Brasil pode alcançar uma taxa real média de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em torno de 6% ao ano até 2022, o que resultaria na duplicação do PIB per capita. Esta é uma das metas do Plano Estratégico de Crescimento com Distribuição de Renda, apresentado hoje pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES).

O documento, com metas para o desenvolvimento do País no próximo decênio, foi apresentado em reunião que contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo o plano estratégico, o foco nas prioridades econômicas pode, a partir de agora, deslocar-se para a aceleração do processo de distribuição das riquezas, considerado imperativo para o desenvolvimento sustentado do País. De acordo com o ministro Tarso Genro, que preside o Conselho, as propostas do plano são para o Estado brasileiro e não para um ou outro governo.

Para que o País alcance o crescimento de 6% do PIB, mas sem descuidar da inflação, o texto diz que os instrumentos fiscais, como receitas e gastos públicos, e os monetários, como crédito e taxas de juros, devem ser ajustados. São citados como exemplos de países que já passaram por esta experiência os Estados Unidos Alemanha, Japão, Canadá e Espanha.

O documento trata ainda de metas para promover a redução das desigualdades sociais. O Conselho defende no documento um ritmo acelerado de redução das desigualdades sociais e menciona que a parcela de renda nacional apropriada pelos 20% mais pobres deve dobrar no período até 2022.

A educação e o desenvolvimento e aperfeiçoamento do Sistema Único de Saúde (SUS) também são apontados no documento como estratégia para novo modelo de desenvolvimento. No caso do SUS, o documento menciona a necessidade de definição clara das responsabilidades da União, Estados e municípios, e ampliação do investimento público no setor, dos atuais 3,2% do PIB para 4,5% do PIB até 2011, atingindo 6% em 2022.

O CDES propõe ainda a valorização do salário mínimo com a adoção de políticas que proporcionem um aumento real em torno de 150% até 2022 e a adoção de políticas para aumentar a geração de empregos.

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