Confiança do consumidor na economia recua 2,8% em março

A confiança do consumidor na economia recuou de fevereiro para março, segundo a Sondagem de Expectativas do Consumidor, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), divulgada hoje (27). O levantamento mensal, que combina a avaliação do consumidor sobre a situação atual com suas expectativas para os próximos meses, apurou queda de 2,8% no Índice de Confiança do Consumidor (ICC). No mesmo período do ano, passado também foi registrada redução de 1% no ICC.

Na composição do índice atual foi constatada piora na percepção dos entrevistados tanto a respeito da situação presente quanto em relação ao futuro. No caso da situação atual, com queda de4,5%, foi a maior registrada desde o início da pesquisa, em setembro de 2005. No caso das perspectivas futuras, com redução de 1,9%, foi menor do que no ano passado, quando a redução foi de 2,1%.

De acordo com coordenador da pesquisa, Aloísio Campello, é natural uma retração nas expectativas do consumidor em março, que geralmente marca o início do ano, depois de meses de grande otimismo. Observou no entanto que a situação econômica atual foi o quedeterminou uma redução maior no índice em 2007.

A avaliação dos consumidores emrelação economia em março piorou muito.As expectativas de certa forma estão mantendo o patamar quereflete otimismo moderado em relação aos próximosmeses, disse.

Segundo ele, a sondagem está sinalizandoque a economia perdeu um pouco o pique ganho no final do anopassado. A economia passou por um processo de aceleraçãono quarto trimestre, continuou crescendo no início do ano, masagora em março houve uma piora, explicou Campello.

Entre os requisitos relacionados situaçãoatual, o levantamento apontou redução de 8,4% para 7,1%a proporção de consumidores que consideram boa asituação econômica de sua cidade, e aumentou de43% para 45,9% a dos que a consideram ruim.

Em relação s perspectivasfuturas, foi observada redução de 14,5% para 12% nopercentual de informantes que planejam comprar mais bens duráveis nos próximos meses, enquanto aumentou de 25,9% para 28,7% aparcela dos que prevêem comprar menos.

Para Aloísio Campello, o otimismo em relação ao futuro da economia sofreu apenas ligeiraredução, mesmo diante de avaliaçõesnegativas para o mês de março, porque o consumidoraposta no crescimento econômico que vem acontecendo de maneirairregular no país. Isso é possível, se vocêimaginar que a economia brasileira vem crescendo em saltos, avaliou.

A Sondagem de Expectativas do Consumidor érealizada mensalmente em 2.000 domicílios das sete principaiscapitais do país.

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