Conferência buscará trazer experiências de países no comércio com a China

A Conferência Internacional Efeito China, que o Conselho Empresarial Brasil-China realiza em São Paulo, nos dias 13 e 14 deste mês, vai tratar de uma questão fundamental no comércio internacional, que é "como as empresas do Brasil e do mundo inserem o fator China em seu planejamento estratégico". A informação foi dada hoje à Agência Brasil pelo secretário executivo do CEBC, Renato Amorim.

Amorim disse que essa é a visão de longo prazo que os países devem ter, mesmo em um cenário que preveja a adoção de salvaguardas, como no caso do Brasil, ou de dificuldades comerciais. "É inevitável considerar a ascensão da China. Este se tornou um fenômeno inexorável, com o qual nós temos que lidar". O conselho pretende trazer para o evento especialistas de vários centros internacionais a fim de discutir estratégias empresariais e setoriais para lidar com China, seja pelo lado da oportunidade que o mercado chinês abre, seja pelo lado do desafio competitivo e de desestruturação de alguns setores.

O secretário executivo do CEBC avaliou que a conferência se torna ainda mais necessária nesse momento em que alguns setores, como têxtil e de confecção e calçadista, estão vendo a China como uma ameaça, "estão querendo utilizar medidas de curto prazo para se defender e, na verdade, você tem que pensar que não são paliativos comerciais que vão modificar as condições de competitividade de setores no Brasil". Ele indicou a necessidade de os setores adotarem estratégias no Brasil, acrescentando que, daqui a pouco a ameaça ao país em termos de competitividade poderá vir da Índia.

O conselho trabalha com perspectivas e estratégias de longo prazo na relação econômico-comercial bilateral e tem desenvolvido várias atividades com essa abordagem, desde que foi criada, em maio do ano passado, durante a visita oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Pequim.

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