Compagás tranqüiliza clientes quanto ao abastecimento de gás natural

A nova situação política da Bolívia, com a posse do presidente Eduardo Rodrígues na madrugada desta sexta-feira (10) e a liberação pelos manifestantes das estradas que estavam bloqueadas, fez com que voltasse ao normal o abastecimento de gás natural em La Paz, capital do país, e tranqüilizou o mercado brasileiro.

No Paraná, a situação deve continuar normalizada, com abastecimento contínuo e ininterrupto para os 1.078 clientes dos segmentos comercial, veicular, residencial, industrial, automotivo e de geração de energia da Companhia Paranaense de Gás (Compagas).

?A Compagas estava preparada para fazer o plano de contingência, mas o novo cenário boliviano e a redução pela Petrobras do seu fornecimento de gás natural para as refinarias e termoelétricas nos deram uma tranqüilidade em relação ao mercado?, disse o presidente da Compagas, Rubico Camargo.

Rubico e o diretor técnico comercial da Compagas, José Roberto Gomes Paes Leme, participaram durante todo o dia de ontem (10) de uma reunião na sede da Petrobras com produtores bolivianos, as demais distribuidoras, representantes da Petrobras e do Ministério das Minas e Energia (MME).

Essa reunião foi uma continuação do encontro de quinta-feira (9) com a Ministra das Minas e Energia, Dilma Roussef, e que tinha o objetivo de definir a participação das distribuidoras no plano de contingência no consumo do gás natural.

Mesmo com a nova situação na Bolívia, todos os envolvidos no mercado do gás natural trabalharam na elaboração do plano de contingência, coordenado pela Petrobras e pelo Ministério das Minas e Energia (MME), em conjunto com as distribuidoras, para garantir o abastecimento prioritário de gás natural no país caso a crise política na Bolívia se agrave.

?A possibilidade de haver redução do consumo dos clientes está cada vez mais distante, mas ainda assim achamos importante fazer um plano de contingenciamento junto com Petrobras e o Ministério?, disse Rubico.

A redução do consumo dos clientes das distribuidoras era a última etapa do plano de contingência e só seria realizada se não houvesse mais gás vindo da Bolívia para o Brasil. Mesmo com a nova situação na Bolívia, a primeira etapa do plano de contingência foi realizada pela Petrobras, com a redução do gás natural importado da Bolívia para as termoelétricas (o que não afetará a produção de energia, porque os reservatórios de água estão cheios) e para as refinarias, que podem utilizar outras fontes de energia.

Nos três Estados do Sul, as refinarias e as termoelétricas são responsáveis por 1/3 do consumo total de gás natural na região. No Paraná, o consumo da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária, chega a 540 mil m³/dia. Esse volume é corresponde a 43% dos cerca de 1,24 milhão de m³/dia de gás natural consumidos no Paraná.

A Compagas vende em média 700 mil m³/dia para os clientes dos mercados veicular, comercial, industrial, residencial e de geração de energia. ?Toda essa economia é preventiva e mais uma forma de tranqüilizar os clientes de todos os segmentos de que no Paraná a situaçaõ está estabilizada?, afirmou Rubico Camargo.

Hoje, a Compagas é responsável pela distribuição do gás natural a sete municípios (Curitiba, Araucária, Campo Largo, Balsa Nova, Palmeira, Ponta Grossa e São José dos Pinhais). Para 2005, a empresa trabalha na expansão do mercado residencial (o gás natural hoje já chega a cerca 930 apartamentos) e do fornecimento para a região norte do Estado (eixo Londrina-Maringá) do gás natural liquefeito ou comprimido.

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