Começa o maior programa de recuperação de rodovias do Paraná

O Paraná começa a investir R$ 690 milhões no maior programa de recuperação de rodovias da história do Estado. Segundo o governador Roberto Requião, os recursos vão proporcionar a melhoria de 4.910 quilômetros de estradas no Paraná até o final de 2006. “É um amplo trabalho que vai garantir mais segurança nas rodovias de todas as regiões do Estado”, destacou.

Para realizar o programa, o DER elaborou um amplo projeto utilizando recursos de diferentes fontes. Com recursos do Banco Mundial, estão sendo recuperados 640 quilômetros. Já em parceria com o Detran, está garantida a melhoria de mais 500 quilômetros, numa primeira etapa, e de 1.837 quilômetros depois.

Por administração direta, com recursos físicos e financeiros do próprio DER e com outras contratações, foram iniciados os trabalhos de recuperação de 1.653 quilômetros. Também com recursos do próprio tesouro estadual está sendo executado o programa “Boa Estrada”, que vai recuperar outros 280 quilômetros até 2006.

Mudança

“Nunca a malha rodoviária paranaense esteve tão ruim quanto quando assumimos, mas agora chegou a hora de mudarmos a situação”, acrescentou o governador ao anunciar as obras. “Vamos trabalhar firme para recuperar o prejuízo e garantir estradas seguras para o crescimento da nossa economia”.

Um levantamento da Secretaria dos Transportes aponta que, no início do atual governo, foram localizados 4 mil quilômetros de rodovias estaduais praticamente destruídas. “Foi uma demonstração de falta de respeito com um patrimônio público avaliado em R$ 10 bilhões”, afirma o secretário Waldyr Pugliesi.

O estudo aponta que as rodovias paranaenses vinham, ao longo dos últimos anos, sofrendo um processo gradativo anual de destruição. Durante o período de 98 até 2002, o Estado do Paraná estava perdendo cerca de 700 quilômetros por ano.

“Com uma atuação emergencial e enérgica em toda a malha rodoviária, esse processo foi paralisado em 2003. Após termos estancado essa hemorragia estamos trabalhando na recuperação de todos os trechos que nos foram entregues destruídos”, acrescenta Pugliesi.

O diretor-geral do DER, Rogério Tizzot, destaca também que a destruição da malha foi acelerada pelas altas tarifas de pedágio cobradas pelas concessionárias. “Os caminhoneiros, para fugir das tarifas extorsivas, buscam rotas de fuga e acabam utilizando as rodovias vicinais que não foram construídas nem projetadas para suportar tráfego pesado e intenso”, explica.

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