Claspar evita tentativa de burlar fiscalização em Paranaguá

Técnicos da Empresa Paranaense de Classificação de Produtos (Claspar) identificaram terça-feira (30) no Porto de Paranaguá quatro caminhões que transportavam cargas de soja com até 20% dos grãos avariados. A tentativa de ludibriar a fiscalização foi descoberta no pátio de triagem do Porto. O diretor-presidente da Claspar, Valdir Izidoro Silveira, disse que os grãos avariados estavam concentrados no fundo das carrocerias. ?Já os grãos de melhor qualidade estavam distribuídos na parte superior das cargas?, comentou. De acordo com ele, os motoristas foram encaminhados para a Delegacia de Polícia local, onde foram ouvidos sobre o ocorrido.

Nesta quarta-feira (31), os técnicos da Claspar voltaram a suspeitar de outros três caminhões. ?Suspeitamos de que também montaram cargas para ludibriar a nossa fiscalização. Por isso, os casos foram encaminhados à delegacia de polícia com a finalidade de descobrir se realmente houve ou não um ilícito penal?, disse Silveira.

Diante das ocorrências, o diretor-técnico de Classificação da Claspar, Eduardo Felipe Guidi, afirmou que a Empresa está vigilante. ?Estamos bastante atentos para todos os produtos que entram no poll de exportação do Porto?, destacou.

O corpo funcional da Claspar, que atua no Posto de Classificação do Porto de Paranaguá, tem capacidade para inspecionar até 1,3 mil caminhões por dia. ?O trabalho de classificação garante a qualidade no que se refere à impureza e a umidade dos grãos. Precisamos garantir aos nossos clientes no exterior a qualidade do que é exportado através do Porto?, afirmou Guidi.

Além da classificação, a Claspar também atua na segregação de Organismos Geneticamente Modificados (OGM\’s) dos grãos convencionais. Até o final do escoamento da produção da safra atual, a Empresa contará com o apoio de técnicos da Secretaria da Agricultura no trabalho de segregação desenvolvido no Porto.

Para isso, cinco Núcleos Regionais da Secretaria estão envolvidos. A operação conta com 16 técnicos do Departamento de Fiscalização (Defis) da Secretaria, que atuam 24 horas por dia para garantir a segregação da soja transgênica comercializada pelo Porto, como também, evitar a contaminação de cargas durante as operações de embarque.

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