Chico Buarque é “atração” da festa de amigo secreto dos senadores

Brasília – Mesmo à distância, o cantor e compositor Chico Buarque foi a grande atração da festa de amigo secreto dos senadores, na residência oficial do presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), ontem (14) à noite. Quase todos deram e receberam de presente a coleção de DVDs de Chico Buarque. Os gaúchos levaram vinhos, muitos vinhos. A presidente nacional do Psol e líder do partido no Senado, Heloisa Helena (AL), ganhou uma faca tipo "peixeira".

Brincalhão, o senador Heráclito Fortes (PFL-PI) foi o terror da festa. Anunciou que presentearia o amigo com uma coleção de CDs de música gospel gravada pelo senador Magno Malta (PL-ES). Uma raridade, pois, desde que virou político, Malta pouco tem exercitado a voz. No sorteio arranjado, o presidente nacional do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), tirou a senadora Ideli Salvati (PT-SC).

A salvação foi que Ideli teve de viajar para São Paulo e não pôde ir à festa. Mas ela informou hoje que não teria dificuldades com Bornhausen. Ideli e ele, adversários políticos ferrenhos em Santa Catarina, às vezes, até se unem. Por exemplo: ficam lado a lado sempre que as questões referentes ao Estado estão em jogo. No Legislativo, é assim. Inimigos passam a aprender a arte da tolerância.

Assim como o sorteio para que Bornhausen e a senadora do PT de Santa Catarina tirassem um ao outro, o que escolheu Heloisa amiga da senadora Iris Araújo (PMDB-GO) também foi arranjado. De acordo com informação de um senador, todos os papéis dados a Iris tinham o nome da presidente nacional do Psol e líder da legenda no Senado.

Motivo: era de Heloisa, de antemão, a "peixeira". O senador Demóstenes Torres (PFL-GO) sofreu com o presente que ganhou do colega Sérgio Zambiazi (PTB-RS): um pacotaço de vinhos. Ao deixar a casa de Calheiros, teve de carregar um peso ao qual não está acostumado. Quase deixou o pacote cair.

O presidente do Congresso tentou evitar que a política partidária tomasse conta dos "debates". Tanto é que proibiu a distribuição de bonés do PMDB que chegaram à festa. Isto é, tentou proibir. O líder da sigla na Casa, Ney Suassuna (PB), pôs uma peça em cada cabeça de senador e ainda assegurou uma foto para a posteridade.

Nomeado mestre de cerimônias, toda vez que tinha de ocupar o lugar de um faltoso, vestia a alegoria peemedebista.

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