Chegada de Coutinho não muda BNDES, diz Bernardo

O ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo, que participou nesta sexta-feira (27) da posse do economista Luciano Coutinho na presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), em Brasília, afirmou que a mudança no banco não altera a política da instituição. Bernardo disse ter certeza, no entanto, que Luciano Coutinho, com a experiência que tem na questão do desenvolvimento econômico, imprimirá o seu estilo e o seu ritmo, priorizando alguns temas. "Mas a política do BNDES não vai mudar, porque a avaliação que o governo faz é a de que o banco vai indo muito bem", afirmou.

Bernardo lembrou que a instituição terá participação importante na execução dos projetos previstos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Segundo o ministro, dos investimentos de R$ 504 bilhões previstos no PAC para os próximos quatro anos, metade será de responsabilidade de empresas privadas, e o BNDES será uma das origens desses recursos, como banco de financiamento que é.

"Quando o BNDES diz que entra num empreendimento, tem um peso grande e o condão de atrair outros parceiros interessados em participar do financiamento", afirmou Paulo Bernardo. Na avaliação dele, o banco é "fundamental" para estruturar o financiamento de projetos. O ministro disse que, normalmente, "por questão de gestão prudencial", o BNDES participa com 20% a 40% do total da obra e busca outros parceiros para executar restante. "De fato, o selo BNDES é muito importante para ajudar a montar equações financeiras dos empreendimentos", disse o ministro do Planejamento.

Relatório

O ministro informou que o governo divulgará, na próxima semana, um balanço das obras previstas no PAC. "O relatório será transparente e muito sincero, para mostrar onde as coisas estão indo bem, e onde temos problemas", disse.

A uma pergunta sobre a demora no início das obras previstas no PAC, Bernardo defendeu o programa dizendo que o Estado ficou muito tempo sem fazer investimentos desse vulto (R$ 504 bilhões). O ministro destacou que o programa é para ser executado em quatro anos e que, por isso, não se pode ficar cobrando mudanças diariamente. "Como vocês fazem jornal todo dia fica aquela coisa de querer saber o que aconteceu de ontem para hoje", disse. "Nunca achamos que íamos ter vida fácil.

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